segunda-feira, 18 de maio de 2020

O processo de socialização


A Socialização é o processo de assimilação dos códigos e padrões culturais de um grupo social por parte de diferentes indivíduos que o constituem, contribuindo para integrá-los. Esse processo se inicia no nascimento e continua por toda vida, por meio do contato permanente de uns com os outros. Os mecanismos de socialização acontecem em dois níveis: a socialização primária e a socialização secundária.

Denominamos Socialização primária os contatos caracterizados por alto grau de afetividade, que constituem relações diretas e de forte proximidade entre os integrantes. É nessa fase que os indivíduos internalizam suas experiências e estabelecem, na maioria dos casos, relações sólidas e permanentes. Assim tornam-se parte de um contexto social. Isso ocorre principalmente na infância, e a família é o maior exemplo.

A Socialização secundária pode ser entendida como a socialização iniciada ao final da infância e que continua pelo resto da vida. Nesse momento a criança é introduzida em novas e diferentes realidades sociais, mais específicas, o que normalmente acontece nos espaços sociais fora da família nuclear, de forma mais dispersa. É o processo de socialização que ocorre nos locais de trabalho, nos grupos de amigos, nas práticas esportivas em grupo.  


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Status e papéis sociais


     Na teoria de Weber, o status refere-se às diferenças existentes entre os grupos sociais quanto a honra ou ao prestígio social conferido pelos demais. Nas sociedades tradicionais, o status era, em geral, determinado com base no conhecimento direto de uma pessoa, adquirido por múltiplas interações em diferentes contextos ao longo de um período de anos. No entanto, com o aumento da complexidade das sociedades, criou-se a impossibilidade de o status ser sempre concedido dessa forma e, em vez disso, de acordo com Weber, o status passou a ser expresso por meio dos estilos de vida das pessoas. Sinais e símbolos de status - como a moradia, o vestir, o modo de falar e a ocupação - ajudam a moldar a posição social do indivíduo aos olhos dos outros. As pessoas que compartilham do mesmo status formam uma comunidade na qual existe uma noção de identidade conjunta. A cada posição de status é atribuída uma maneira específica de agir e de se relacionar na vida social. Estamos diante do que a Sociologia denomina de papéis sociais. São os comportamentos socialmente esperados de indivíduos e grupos em determinada posição de status. Por exemplo, quando o professor entra na sala de aula, os alunos esperam que ele cumpra certa rotina, socialmente definida.

Atividade

1 - O que é Status social na perspectiva weberiana?

2 - O que são Papéis sociais?


sábado, 9 de maio de 2020

Globalização e Neoliberalismo










A globalização é, de modo geral, vista como o processo de integração e inter-relação mundial envolvendo a economia, a cultura, a informação e, claro, os fluxos de pessoas. Esse fenômeno instrumentaliza-se pela difusão e avanço dos meios de transporte e comunicação, haja vista que regiões distantes, antes tidas como isoladas umas das outras, integram-se plenamente.
O termo Globalização, apesar de ser considerado por muitos um processo gradativo que se iniciou com a expansão marítima europeia, difundiu-se no meio intelectual apenas a partir da década de 1980. Assim, a sua consolidação ocorreu na segunda metade do século XX em diante, com a difusão do neoliberalismo, a propagação de tecnologias, a integração econômica e comercial entre os países, a formação e expansão dos blocos econômicos e o fortalecimento das instituições internacionais, tais como a OTAN e a ONU. Além disso, os principais agentes da globalização são, sem dúvidas, as empresas transnacionais, também conhecidas como multinacionais ou globais.

O que é neoliberalismo: resumo

O neoliberalismo é um modelo socioeconômico criado durante a década de 1970, na Europa, e baseado no liberalismo clássico. Em outras palavras, trata-se de uma teoria econômica para orientar as políticas baseadas no capitalismo.
Os neoliberais, de uma forma geral, pregam que para uma sociedade ter progresso econômico, é preciso que o Estado não interfira na economia, o chamado “Estado Mínimo”. Eles defendem a privatização das empresas estatais, o fim das políticas sociais, o incentivo à competitividade internacional, entre outras coisas.

Karl Marx e a Luta de Classes

Karl Marx foi um importante sociólogo e filósofo alemão. Seus pensamentos e ideias acabaram influenciando diversas áreas de estudos, e, hoje, é considerado um dos maiores revolucionários e intelectuais da história. Confira 7 conceitos de Karl Marx que você deve saber para a prova do Enem:
Classes sociais:
Classe social pode ser definida como um grupo de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção, e que possuem afinidades políticas e ideológicas. Segundo Marx, a divisão da sociedade em classes é consequência dos papeis desiguais que os grupos sociais têm no processo de produção. De acordo com a teoria marxista, em todas as sociedades capitalistas existe uma classe dominante, que controla direta ou indiretamente o estado, e as classes dominadas por esta. A classe dominante seria aquela que impõe a estrutura social mais adequada para a exploração da força de trabalho. 
Luta de classes:
O conceito de luta de classes está bastante relacionado ao conceito de classes sociais. Para Marx, entre as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses opostos, na sociedade capitalista, a divisão social ocorreu devido a apropriação dos meios de produção para um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo explorado devido à sua capacidade e força de trabalho (proletariado).
Mais-valia:
Seguindo a lógica de Marx para definir a luta de classes, os trabalhadores são economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através da chamada mais-valia. A mais valia significa a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. É, portanto, a base de exploração do sistema capitalista sobre o trabalhador.
Há dois tipos de mais valia:
  • Mais Valia Absoluta: nesse caso, o operário realiza o trabalho em determinado tempo que, se fosse calculado em valor monetário, resultaria na desigualdade entre o trabalho e o salário. Ou seja, o lucro surge com a intensificação do trabalho pelo aumento de horas na jornada laboral.
  • Mais Valia Relativa: nesse caso, a mais valia é aplicada através do uso da tecnologia, por exemplo, aumentar o número de máquinas numa fábrica, no entanto, sem aumentar o salário dos trabalhadores. Assim, a produção e o lucro aumentam ao mesmo tempo que os números de trabalhadores e o salário permanecem igual.
Alienação:
A alienação, para Marx, seria uma espécie de aprisionamento. Para ele, o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza. Sua vida passa a ser medida pelo o que ele possui e não pelo o que ele é. Para o sociólogo alemão, existem diferentes formas de alienação, como a religião ou o Estado. Mas a alienação principal para Marx seria a econômica.
Consciência de classe:
O conceito de consciência de classe diz respeito ao sentimento de pertencimento que um indivíduo tem pela classe social específica a que pertence. Desta forma, um indivíduo com consciência de classe irá agir de forma solidária com os restantes membros desta classe, na defesa dos interesses coletivos. A consciência de classe é determinada  pela luta de classes.
Proletariado:
Karl Marx entendia que a única riqueza que um trabalhador poderia possuir e multiplicar era sua prole (filhos). No processo das primeiras Revoluções Industriais, os trabalhadores buscavam ter muitos filhos para que eles se tornassem os novos “braços trabalhadores” para o mercado de trabalho. O termo proletariado surge para designar essa massa de trabalhadores prontos para venderem suas forças de trabalho. O proletariado é o oposto à burguesia dentro da teoria marxista, é o que possui apenas a força de trabalho como propriedade.
Força de trabalho:  
Marx diz que não é o trabalho que é explorado pela sociedade capitalista, mas sim a “força de trabalho” ou a capacidade de trabalho que um operário tem. Segundo as normas da economia capitalista, esta força de trabalho é paga pelo seu “valor”, e o salário é o que permite manter e reproduzir a força de trabalho.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Classe social para Karl Marx

O filósofo e sociólogo alemão Karl Marx foi um crítico da divisão de classes sociais. Para o pensador, a divisão social do trabalho nada mais é que a exploração do trabalhador por parte da classe burguesa. Só existem, segundo Marx, duas classes sociais: a burguesia (donos dos meios de produção) e o proletariado (trabalhadores explorados pela burguesia).
Na ótica marxista, a burguesia estaria usurpando a força de trabalho das pessoas por meio da exploração de sua miséria para conseguir fazer com que esses trabalhadores gerem lucros para o próprio burguês. Dessa maneira, não haveria (e realmente não há) mobilidade social quase nenhuma, pois as pessoas eram exploradas e não tinham condições de caminhar entre os estratos sociais e ascender socialmente, sendo exploradas pela burguesia por toda a sua vida. Toda essa dinâmica capitalista que deu origem à teoria marxista, também conhecida como materialismo histórico dialético ou socialismo científico, foi detalhadamente descrita no livro O Capital.
A exploração das classes era, para Marx, elemento suficiente para justificar uma revolta do proletariado contra a burguesia. Essa revolta, chamada de revolução do proletariado, foi defendida no livro Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e seu parceiro intelectual, o também filósofo, jornalista e escritor Friedrich Engels. Para os pensadores, após a revolução, haveria a instauração de uma ditadura do proletariado, que tomaria os meios de produção (as fábricas e a propriedade privada) e tornaria esses meios propriedade do Estado.
O Estado implantaria um sistema de governo igualitário, com igual distribuição de renda. Com o tempo, a tendência, segundo Marx e Engels, era que a burguesia sumisse a partir da repressão, até chegar ao ponto em que a burguesia e a propriedade privada não mais existiriam, extinguindo as diferenças de classes sociais, ou seja, acabando com a diferenciação de classe e, consequentemente, com as classes sociais. A partir daí, não haveria mais a necessidade de um governo repressor ditatorial com um Estado forte e controlador, e o governo tenderia para um comunismo de perfeita igualdade.
fonte: Brasil Escola