quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

POLÍCIA DE MINAS DESCOBRE FRAUDE NO ENEM 2013.

No início deste mês a polícia civil de Minas Gerais prendeu uma quadrilha que fraudava vestibulares do sul e sudeste do país. O esquema consistia na venda de gabaritos para vestibulandos, o preço dos gabaritos variava 30 a 150 mil reais. O curso mais procurado pelos candidatos que entraram na fraude era o de medicina. Na tarde de ontem,18, a Polícia Civil de Minas Gerais divulgou que a quadrilha também atuou na prova do Exame nacional do ensino médio (ENEM), deste ano. Segundo os investigadores, da polícia mineira, os membros da quadrilha fizeram a prova e compartilharam o gabarito via ponto eletrônico. Ainda não houve um pronunciamento oficial do Instituto nacional de estudos e pesquisas educacionais Anizio Teizeira (INEP), responsável pelo ENEM, se o caso atrasará o calendário de divulgação dos resultados, que está marcado para o início de janeiro de 2014. 
Harley Cunha

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Uepa divulga lista de candidatos aptos à terceira etapa do Prosel

A Universidade do Estado do Pará (Uepa) divulgou nesta segunda-feira (9) a relação dos candidatos aptos à terceira e última fase do Processo Seletivo (Prosel), que acontece neste domingo (15), de 8h às 13h.
Exatos 7.057 candidatos atingiram o mínimo de 40 pontos na somatória das duas primeiras etapas, cujo resultado pode ser conferido no site da Uepa.
A Uepa também divulgou a demanda de vagas por curso em relação à última etapa da seleção e também a maior e menor pontuação dos candidatos, o chamado ‘Ponto de Corte’ da 1ª e 2ª Etapa.
Peneira
O curso de Medicina, em Marabá, o mais concorrido da instituição e que recebeu 1.116 inscrições, agora segue com 53 candidatos na disputa por dez vagas. Na capital, a concorrência por uma vaga no Curso de Medicina é de 5,22, onde 261 candidatos disputam as 50 vagas ofertadas.

Ainda em Belém, o Curso de Licenciatura Plena em Educação Física (1º Semestre/Matutino) figura como um dos mais concorridos com 73 candidatos disputando 13 vagas, numa concorrência de 5,62. Em seguida, Licenciatura em Pedagogia (1º Semestre Noturno) desponta com uma concorrência de 5,55 candidatos por vagas, o que representa uma demanda de 111 candidatos para 20 vagas. O terceiro curso mais concorrido foi o de Engenharia Florestal com 5,53 por vaga.
Já pela terceira etapa do Prise, modalidade destinada aos estudantes do Ensino Médio, a maior concorrência é no curso de Enfermagem (1º Semestre/Vespertino), em Belém, com 198 candidatos para 12 vagas, numa relação de 16,5. Em seguida, o curso de Engenharia de Produção, também na capital, segue com 244 candidatos disputando uma das 20 vagas ofertadas, numa concorrência de 12,2. O novo curso da Uepa em Belém, Licenciatura Plena em História é o terceiro mais concorrido com 11,8 candidatos por vaga.
No dia 15 dezembro, além dos candidatos do Prosel, os 6.005 candidatos da 3ª etapa do Prise também serão avaliados. Todos responderão a 54 questões objetivas, incluindo Língua Estrangeira, e uma redação valendo 30 pontos. Será eliminado quem obtiver menos de 12 pontos na prova objetiva e menos de seis pontos na prova de redação.
Orientações
Os candidatos que ainda não tem o seu Cartão de Confirmação de Inscrição devem imprimi-lo pelo site da Uepa ou pelo da Prodepa. A Diretoria de Acesso e Avaliação da Uepa (DAA) orienta ainda aos candidatos que no dia da prova, tenham em mãos documento oficial com foto, como a carteira nacional de habilitação (novo modelo), carteira de identidade ou carteira de trabalho, além do cartão de confirmação de inscrição e de caneta esferográfica com tinta azul ou preta.

Não serão aceitos CPF, títulos eleitorais, carteira de estudante, ou quaisquer documentos ilegíveis ou fotocópias. Caso o candidato esteja impossibilitado de apresentar os documentos originais por perda, roubo ou furto será necessário apresentar um atestado de registro da ocorrência em órgão policial, expedido há, no máximo, 90 dias.
O candidato também deve ficar atento ao horário de realização das provas, que serão aplicadas conforme horário local. Também não será permitida a utilização de equipamentos eletrônicos, como celular,tablet, máquinas calculadoras, agendas eletrônicas, palmtop, telefone celular, walkman, receptor, gravador, durante a realização da prova. Estão proibidos óculos escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, entre eles, boné ou gorros.
fonte: G1

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

SEGUNDO PARECER DA FIFA A COPA NO BRASIL ESTÁ AMEAÇADA.

A partir da próxima quinta-feira (12), vão faltar seis meses até o jogo de abertura da Copa do Mundo 2014 no Brasil. Segundo dados dos comitês gestores locais do evento, 75,6% das obras de mobilidade previstas para o Mundial estão atrasadas ou não serão entregues para a competição. Além disso, muitas delas custarão mais caro do que o governo previu.
Segundo o levantamento, das 74 ações de mobilidade, 18 não serão mais entregues e outras 38 tiveram prazos prorrogados, a grande maioria para maio de 2014, a um mês do evento .
Os projetos de mobilidade, anunciados como carro-chefe do mundial e essenciais para os deslocamentos até os estádios e dentro das cidades onde ocorrerão os jogos, recebem verba federal, municipal e estadual.
Entre as justificativas apontadas pelos gestores para o atraso ou cancelamento das obras estão burocracia, chuvas, imprevistos, disputas judiciais sobre desapropriações, impasse para obtenção de licenças, entre outros.
Hoje, a matriz de responsabilidade (documento que contém os projetos de cada sede) conta com 45 projetos de mobilidade em andamento ou concluídos, segundo o Ministério do Esporte.
Onze foram transferidos para a carteira do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Isso significa que elas continuam em andamento, mas não mais para a Copa.
Os atrasos e mudanças na matriz diminuíram o total de investimentos previstos para mobilidade de R$ 11,9 bilhões para os atuais R$ 7,02 bilhões. O gasto nessa área será menor do que os R$ 8 bilhões destinados aos estádios.
O Ministério do Esporte afirma, em nota, que "as obras excluídas da matriz de responsabilidades representam a minoria dos projetos executados e a retirada dessas obras não compromete a realização da Copa do Mundo". "Algumas delas ainda poderão ficar prontas antes do Mundial."
G1 também apurou que, apesar da redução nos investimentos, parte das obras custarão mais caro aos cofres públicos. É o caso do Corredor Aeroporto-Rodoferroviária, em Curitiba, cujo preço inicial saltou de R$ 104,8 milhões na matriz de 2010 para R$ 143,19 milhões.
O VLT de Cuiabá passou de R$ 1,26 bilhão para R$ 1,57 bilhão, e o BRT (Bus Rapid Transit) Antônio Carlos / Pedro I, em Belo Horizonte, custará R$ 713,4, ante os R$ 633,9 milhões inicialmente orçados.
A pasta diz que "os ajustes orçamentários realizados na execução de obras podem ocorrer em qualquer projeto, em razão das circunstâncias que se apresentam. Principalmente, em grandes obras".
"Muitas vezes, esses ajustes são feitos devido ao formato em que as licitações foram feitas. Os ajustes podem acontecer também por alterações no empreendimento original", afirma o governo.
A previsão de gastos com a Copa já chegou a ser estimada em R$ 33 bilhões, mas diminuiu em razão das desistências. Da previsão atual de R$ 25,6 bilhões, apenas R$ 3,8 bilhões são de recursos privados.
"Alguns projetos deixaram a matriz, resultando na redução do valor global de investimento. Os projetos retirados integraram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e serão concluídos", complementa o ministério.
"Vale destacar que todas as obras da Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo – incluindo estádios, mobilidade urbana, portos e aeroportos – são fiscalizadas por diversos órgãos de controle, como CGU, TCU, Tribunais de Contas Estaduais e Ministério Público", conclui a pasta.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Aécio Neves critica governo Dilma!


ELEIÇÕES 2014

"O BRASIL É HOJE UM GRANDE CEMITÉRIO DE OBRAS INACABADAS POR ABSOLUTA FALTA DE PLANEJAMENTO. É PRECISO QUE HAJA PRIORIDADES."

Fonte: O liberal

sábado, 7 de dezembro de 2013

VEJA NESTA SEMANA

Nelson Mandela 1918-2013

Em vez de se assumir como um mito, ele expunha os próprios erros. Não era pacifista, mas buscava a paz. Abominava o regime de segregação, mas não guardou rancor de seus representantes. Ascendeu à Presidência nos braços da maioria, mas não se aproveitou dela para se eternizar no poder. Entenda por que o líder sul-africano, morto na semana passada aos 95 anos, deixou uma marca indelével na História.

REVISTA VEJA Edição 2351

11 de dezembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Pluralidade ganhou espaço no pensamento republicano

  No pensamento republicano, a pluralidade ocupou um lugar definitivo substituindo o conflito e o interesse, enquanto categorias políticas. "Pluralidade é quando há diversidade de opiniões e, ao mesmo tempo, espaço para a existência simultânea e paralela para tamanha variedade", descreve a cientista política Maria Aparecida Azevedo Abreu. Com base em obras literárias de épocas distintas sobre o pensamento republicano, a pesquisadora analisou como foram tratados o "conflito" e o "interesse". A tese de doutorado Conflito e interesse no pensamento político republicano foi apresentada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, sob a orientação do professor Gabriel Cohn, do Departamento de Ciência Política.
"O conflito e o interesse estiveram juntos e no interior da política em dado momento, e fora dela em outros", aponta a cientista política. As obras estudadas por Maria Aparecida foram "Os discursos sobre a primeira década de Tito Lívio", de Maquiavel; "Oceana", de James Harrington (séc. 19); "O Contrato Social", de Rousseau (séc. 18); "Que é o Terceiro Estado?", de Emmanuel Joseph Sieyes; "O Espírito das Leis", de Montesquieu (séc. 18); "Os artigos federalistas", de James Madison, Alexander Hamilton Rice, e  John Jay (séc. 16); e "Da Revolução, de Hannah Arendt (séc. 20).
Ela cita como exemplo "Os artigos federalistas", do século 16, em que o conflito e o interesse se dissociaram. "Neste caso, o interesse permanece no interior da república e o conflito deu lugar à pluralidade. Hannah Arendt, na obra Da Revolução, do século 20, preserva a pluralidade, mas retira novamente o interesse da política", explica Maria Aparecida.
Em relação a Maquiavel, a pesquisadora descreve que a manifestação de interesses do cidadão maquiavélico, em conflito com os interesses opostos, tinha a função de gerar boas leis e a liberdade da república. "Em contrapartida, a concepção de Rosseau para a resolução de conflitos prega que os cidadãos deixem de lado seus interesses particulares e que aceitem a manifestação da vontade geral, obtida a partir da comunidade política como um todo, e não da soma de interesses gerais, vontade esta que em Sieyes se manifesta na forma de um interesse parcial, o do terceiro estado, como se fosse de toda a comunidade.
Concepção de interesse e conflito
A análise das obras literárias publicadas em diferentes épocas permitiu à pesquisadora apontar a diferenciação entre interesse e bem comum. "O interesse é algo parcial e definido pela pessoa ou por um grupo que deseja algo e que por meio de suas atitudes, opiniões e discursos busca alcançá-lo. Já o bem comum é definido como um interesse de toda a comunidade e para o qual a mesma deve agir em conjunto para atingi-lo", descreve.

Dentro das diversas épocas, locais e sociedades vários interesses são manifestados. Como conciliá-los é um dos maiores problemas. Segundo a pesquisadora, "alguns interesses entram em conflito, quando o grau de divergência é tão grande que não podem coexistir. Outros se encaixam naquilo que se denomina como pluralidade.
Nos artigos federalistas, os interesses entraram para a vida da república e foram seu combustível. "Não há conflito entre eles, mas tolerância e estímulo para que sejam manifestados em uma maior quantidade e diversidade de forma a impedir que se formem apenas interesses opostos ou contraditórios de grupos dominantes e uma possível concentração de poderes", descreve Maria Aparecida.

E o Brasil?
De acordo com a cientista política, o Brasil se encaixa perfeitamente nos republicanos federalistas. Afinal, segundo ela, "os mecanismos, dos primórdios republicanos para a manifestação de interesses, hoje, estão ausentes ou obscurecidos". Ela esclarece que a teoria não fornece elementos para que o Estado possa ter uma estrutura mais adequada a fim de que interesses plurais se manifestem de forma clara. "A insuficiência no estudo de interesses e conflitos em espaços deliberativos sobre políticas públicas, como os conselhos de participação, órgãos e agências de regulação sobre educação, saúde e meio ambiente, entre outras áreas, acabam por entrar em um desequilíbrio desnecessário, perdendo o objeto de suas funções que seriam políticas públicas de qualidade."
fonte: Agência USP

domingo, 20 de outubro de 2013

IGUALDADE RACIAL, UMA LUTA ANTIGA!

Zumbi dos Palmares nasceu em 1655, no estado de Alagoas. Ícone da resistência negra à escravidão, liderou o Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas no Brasil Colonial. Localizado na região da Serra da Barriga, atualmente integra o município alagoano de União dos Palmares.
Embora tenha nascido livre, Zumbi foi capturado aos sete anos de idade e entregue a um padre católico, do qual recebeu o batismo e foi nomeado Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre nas celebrações de missas. Porém, aos 15 anos, voltou a viver no quilombo, pelo qual lutou até a morte, em 1695.
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da luta contra a escravidão, lutou também pela liberdade de culto religioso e pela prática da cultura africana no País. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O QUE É CULTURA?


“Cultura é uma dimensão do processo social, da vida de uma sociedade. Não diz respeito apenas a um conjunto de práticas e concepções, como por exemplo se poderia dizer da arte. Não é apenas uma parte da vida social como por exemplo de poderia falar da religião. Não se pode dizer que cultura seja algo independente da vida social, algo que nada tenha a ver com a realidade onde existe. Entendida dessa forma, cultura diz respeito a todos os aspectos da vida social, e não se pode dizer que ela exista em alguns contextos e não em outros.

Cultura é uma construção histórica, seja ela como concepção, seja como dimensão do processo social. Ou seja, a cultura não é algo natural, não é uma decorrência de leis físicas e biológicas. Ao contrário, a cultura é um produto coletivo da vida humana. Isso se aplica não apenas à percepção da cultura, mas também à sua relevância, à importância que passa a ter. Aplica-se ao conteúdo de cada cultura particular, produto da história de cada sociedade. Cultura é um território bem atual das lutas sociais por um destino melhor. É uma realidade e uma concepção que precisam ser apropriadas em favor do progresso social e da liberdade, em favor da luta contra a exploração de uma parte da sociedade por outra, em favor da superação da opressão e da desigualdade...Notem que se pensarmos em cultura como dimensão do processo social podemos também falar em cultura em uma sociedade primitiva, em cultura das sociedades indígenas brasileiras.”

SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura?Brasiliense. Primeiros passos

É HOHA DE TREINAR!
1 - Questão
Leia o texto IV.

Texto IV
Kino ouviu a leve batida das ondas da manhã na praia. Como era bom... Tornou a fechar os olhos para escutar a música dentro dele. Talvez só ele fizesse isso, talvez todos os homens da sua raça também fizessem. Tinham sido em outros tempos grandes fazedores de cantigas, de modo que tudo o que viam, pensavam, faziam ou ouviam virava cantiga. Era assim havia muito, muito tempo. As cantigas haviam ficado e Kino as conhecia, mas não havia cantigas novas. Não era que não houvesse cantigas pessoais. Naquele momento mesmo, havia na cabeça de Kino uma cantiga clara e terna e, se ele pudesse dar voz aos seus pensamentos, iria chamar-lhe a Cantiga da Família.
(STEINBECK, J. A Pérola. São Paulo: Circulo do Livro, p. 8.)

De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.
A) A cultura se mantém pela tradição, contudo ela pode ser continuamente recriada com a finalidade de exprimir as novas realidades vividas por indivíduos e grupos sociais.
B) A cultura herdada torna-se desnecessária à medida que os anos passam, sendo, portanto, salutar que os homens do presente esqueçam seus antepassados.
C) A música é o ponto de partida da formação de um povo, pois é a partir do momento em que os homens compõem e transmitem sonoramente suas ideias que passam a ter cultura.
D) São indivíduos isolados cujos valores se desenvolvem com independência em relação à base material que têm diante de si que constituem o ponto de partida para a formação da cultura de um determinado povo.

2 - Questão
(Cesgranrio – 2011)

Ao se voltar, mais uma vez, para a conquista de novos mercados além-mar, a Europa passa a lidar com civilizações organizadas sob princípios diferentes dos seus.
A concepção evolucionista da biologia, transposta para as ciências sociais, leva os cientistas europeus a olharem essas sociedades não europeias como

(A) exemplos de sociedades evoluídas que não possuíam tecnologia competitiva, sendo, por isso, passíveis de dominação.
(B) exemplos de sociedades primitivas que se encontravam em um estágio de evolução inferior ao europeu.
(C) anômicas, pois se organizavam harmonicamente sob o princípio do politeísmo, da poligamia e da divisão do trabalho social.
(D) civilizações que se encontravam em um estágio tecnológico diferente do europeu, instaurando uma visão mais relativista.
(E) harmoniosas, na medida em que a resolução de seus conflitos sociais se dá por meio da coerção.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

PODER E DOMINAÇÃO

PODER: Para Max Weber ‘significa toda probabilidade de impor a própria vontade em uma relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade’.
 Principais Componentes do PODER:
 FORÇA: Uso ou ameaça de coerção física (uma lança, um revólver, uma pedra, porte físico de um indivíduo etc);
 AUTORIDADE: É um direito estabelecido para tomar decisões e ordenar ações de outrem. Dito de outro modo, é a legitimação do poder por meio da incorporação de conteúdo jurídico e/ou moral.
Dominação: Para Weber ‘é a probabilidade de encontrar obediência a uma ordem’.
Tipos de dominação:
DOMINAÇÃO LEGAL: É baseada em estatutos; obedece-se as ordens impessoais, objetivas e legalmente instituídas a aos superiores por ela designados, não importando quem ocupe o cargo ou a posição. Ex: Servidor do estado.
 DOMINAÇÃO TRADICIONAL: Obedece-se à pessoa nomeada pela tradição e vinculada a essa em virtude da devoção de hábitos costumeiros. Ex: Patriarca, príncipe.
 DOMINAÇÃO CARISMÁTICA: Obedece-se ao líder carismaticamente qualificado como tal, seja em virtude de confiança de revelação, heroísmo ou exemplaridade dentro do âmbito da crença nesse seu carisma. Ex: líder de partido, profeta.

ESTADO MODERNO

SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO ESTADO MODERNO     

     Na sociedade moderna o Estado é uma das instituições mais importantes, já que tem como principal objetivo o controle social e a superação dos grandes problemas existentes na ordem capitalista. Por isso estudar o desenvolvimento do Estado moderno é fundamental para entender como os indivíduos vem se organizando socialmente, nos últimos séculos, além de servir de base para se entender as transformações políticas e sociais que vem acontecendo recentemente, atingindo diretamente nossas vidas.
O Estado Absolutista.
     A primeira forma de Estado moderno que devemos destacar é o absolutismo. Ele foi resultado de um longo processo histórico que começa com a crise da sociedade feudal, a partir do século XIV, na Europa Ocidental. Os tradicionais estamentos aristocráticos – a nobreza e o clero – passavam a defrontar uma nova classe social em formação: a Burguesia.
      O recrudescimento das atividades comerciais proporcionavam o enriquecimento cada vez maior da burguesia, por ser uma classe economicamente em expansão e em contrapartida estar alheia as decisões políticas a burguesia buscou estabelecer alianças políticas com os monarcas. A união das monarquias nacionais com parte dessas camadas sociais levou ao surgimento do Estado absolutista. Dessa forma o novo Estado com apoio burguês, acabou por centralizar todas as decisões políticas, e sua força se estendeu por vastos territórios antes controlados pelos senhores feudais. Apesar da participação da burguesia, a realeza assumiu diretamente a administração econômica (mercantilista), a justiça e o poder militar, a concentração desses poderes nas mãos de uma única pessoa, o rei, acabou tornando-se uma característica marcante desse período, como se pode perceber não havia limites para ação do Estado.
      O Estado absolutista teve em Thomas Hobbes o seu principal representante teórico. A teoria hobbesiana procurava as origens do Estado, sua razão de ser sua finalidade. Segundo Hobbes, o “Estado Soberano” significa a realização máxima de uma sociedade civilizada racional.
      Apesar da afirmação do Estado absolutista, principalmente com a teoria hobbesiana, alguns conflitos vinham a tona nesse período, ainda que com menos intensidade que antes, a exemplo a luta entre o Estado e o papado, ou seja, a igreja católica, é um deles. Mesmo assim é obvio que nunca foi do interesse do Estado retirar a igreja da cena política, tampouco destruí-la enquanto instituição religiosa, pois é nela que o Estado absolutista vai legitimar sua dominação. Isso se deve, em grande medida, por princípios tirados da teoria do “direito divino dos reis” elaborada pelo bispo francês Jaques Bénigne Bossuet, em sua obra “A política extraída da sagrada escritura”. Segundo a doutrina do direito divino dos reis, o monarca é representante do poder de Deus na terra e sua autoridade deve ser sagrada.
      No Estado absolutista começa a separação entre o publico e o privado. Esse fenômeno é um efeito provocado por algumas medidas tomadas pelos reis, sendo estas não mais de interesse próprio, mas sim em nome do interesse geral. Com efeito, a participação de ministro, chanceler, conselheiro, etc. na atividade de governo pressupõe uma união voltada para o interesse geral, tendo em vista a nação, mesmo que esses cargos acima citados não fossem permanentes nem seus membros tivessem força para fazer face ao monarca.
      Diante de novos desafios o Estado começa a racionalizar o funcionamento do poder político para melhorar administrar, controlar, enfim, para exercer seu domínio na sociedade civil.
Vale ressalta, portanto, que o Estado Absolutista mesmo favorecendo a nobreza feudal no campo político-militar, destacando principalmente como um Estado burguês, uma vez que foi o responsável pelas medidas econômicas e políticas, essenciais ao avanço da chamada acumulação primitiva do capital.
O Estado Liberal
      O Estado liberal se consolida com as revoluções antiabsolutistas que ocorreram, na Europa, ao longo dos séculos XVII e XVIII. As revoluções burguesas como também são conhecidas, correspondem aos anseios de poder da burguesia, que consolidava sua força econômica frente a uma aristocracia em decadência, amparada no absolutismo monárquico.
     Ao tomar o poder político a burguesia promove duas importantes mudanças: do ponto de vista econômico substitui o decadente mercantilismo, pela economia de mercado, baseado na livre concorrência, fundamenta-se através de princípios do liberalismo de Adam Smith, David Ricardo, entre outros. Já do ponto de vista político destrói a teoria do direito divino e promove o Estado de direito, baseado principalmente nas obras de John Locke e Rousseau.
     “Quando se estuda a revolução realizada pela burguesia, percebe-se como essa classe social precisou do Estado para viabilizar suas mudanças revolucionarias. O Estado foi importante não só para derrotar a nobreza como também para impedir os avanços de outra classe social - o proletariado. O processo revolucionário iniciado pela burguesia é complexo, contraditório cheio de avanços e recuos das forças sociais envolvidas. A burguesia  foi a classe vencedora a tomou o poder político e se transformou em classe dirigente. Mas a revolução não pode ser resumida em um mero embate militar, com a toma da do poder político por esta ou aquela facção. A revolução é uma grande transformação social alterando a economia, a vida dos seus protagonistas, a política, as artes, a cultura, enfim toda sociedade”. (TOMAZI, 1993, p.133)

     Pelas palavras acima de autoria do professor Nelson Tomazi, em seu livro “Iniciação a Sociologia”, percebe-se o quanto foram profundas as mudanças feitas pela burguesia revolucionaria. Dentro dessas mudanças o rompimento com restrições feudais, juntamente com a formação de partidos políticos e o sufrágio universal proporcionaram a criação do Estado Liberal – Democrático. Sendo assim acaba-se com o voto censitário, amplia-se o direito ao voto e cria-se a oportunidade de qualquer individuo ter a chance de representar os interesses da sociedade no parlamento, desde que escolhido por meio de eleições.
      Outra característica fundamental do Estado liberal – democrático é a separação de poderes em executivo, legislativo e judiciário, teoricamente cada um possui a mesma força do outro, ou seja, teoricamente não há superioridade de um poder em relação ao outro. A relação entre poderes é uma relação na maioria das vezes conflituosa.
     Apesar do Estado liberal e democrático basear-se na teoria do “Estado Mínimo” ele não deixa de intervir totalmente nas atividades econômicas. As contradições desse tipo de Estado, como percebe-se historicamente, promove uma democracia restrita e cidadania plena para uma pequena minoria, ou seja, a burguesia. O Estado liberal, portanto, não é apenas um protetor da propriedade privada, é bem mais que isso, ele capta recursos e investe no desenvolvimento econômico para garantir a manutenção desse sistema social.
O Estado do Bem-Estar Social (Welfare State).
     No pós-guerra (1914-1918) assiste-se a um período de transformações, quando vigorava a crise da democracia e a impopularidade do Estado liberal ou Estado de direito, cuja característica principal era ser um Estado estático com normas obsoletas, não adequadas às transformações econômicas e sociais, o homem percebe a dura realidade em que vive e a necessidade de uma urgente adequação deste Estado às novas transformações, ou seja, a luta de classes cada vez mais visível, alterações econômicas e necessidades sociais. É nesse contexto que surge o Estado do Bem-Estar Social.
      Em fins do século XIX o capitalismo de livre concorrência entra em uma crise provocada por suas próprias praticas, ou seja, a livre competição e a obtenção de lucros a qualquer custo. O monopolismo é uma característica desse período, representa a fusão de varias empresas visando a ampliação de seus mercados. Essa política provocou a extinção de várias empresas menores e conseqüentemente a diminuição de um numero significativo de postos de trabalho. Com efeito, a tentativa de se aumentar a produtividade e garantir o lucro maior a burguesia passa a explorar o trabalhador ao máximo, chegando a submetê-los a carga horária de até dezesseis horas. Aliado a isso a organização cada vez maior dos operários em sindicatos reivindicando melhores condições e a Revolução Russa de 1917, com ideais socialistas, fizeram com que a burguesia ampliasse o poder político do Estado para atender às reivindicações de alguns setores do proletariado, adotando uma política que foi chamada de Bem-Estar social.
     O receio da burguesia em perder seu poder enquanto classe dirigente torna necessário a criação de um Estado forte com novas atribuições, é claro que essa estrutura estatal não vem pronta e acabada em todos os paises capitalistas.
      Dentre as principais atribuições do Estado do bem-estar social estão:
·  Proporcionar aos cidadãos padrões de vida mínimos;
·  Desenvolver a produção de bens e serviços sociais;
·  Legalizar o movimento dos trabalhadores;
·  Garantir o pleno emprego.
      O Estado do bem-estar social baseado nesses princípios, entre outros, teve no inglês John Maynard Keynes o seu principal referencial teórico. Em sua obra “teoria geral do emprego, do juro e da moeda” Keynes mostrou de forma clara os caminhos que o novo Estado devia seguir, ou seja, as políticas por ele sugeridas conduziram a um novo relacionamento, de intervenção, entre o Estado e o conjunto de atividades econômicas de um país.
     Sendo assim esse novo Estado cobrando impostos da burguesia e investindo-os em áreas sócias leva muitos estudiosos a encararem como uma forma redistribuição de renda. Com efeito, o Estado do bem-estar social acaba trazendo melhorias de vida para uma parcela dos trabalhadores, mas apesar dessa política ter funcionado, de maneira expressiva, nos paises desenvolvidos, percebemos que nos paises subdesenvolvidos, onde essas políticas foram adotadas, a superação dos problemas sociais ficou longe de ser alcançada.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PRECONCEITO

"O Preconceito refere-se a opiniões ou atitudes defendidas por membros de um grupo em relação a outro grupo. Os pontos de vista preconcebidos de uma pessoa preconceituosa, em geral, se baseiam em boatos, ao invés de em evidências diretas, e resistem a mudanças, mesmo diante de novas informações. As pessoas podem nutrir preconceitos favoráveis em relação a grupos com os quais se identificam e preconceitos negativos contra outros. Quem é preconceituoso em relação a um grupo específico se recusa a escutá-lo de maneira justa."
ANTHONY GIDDENS

terça-feira, 27 de agosto de 2013

DIREITO DE VOTO DAS MULHERES NO BRASIL.

Faz só 80 anos que a mulher brasileira ganhou o direito de votar nas eleições nacionais. Esse direito foi obtido por meio do Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932. Mesmo assim, a conquista não foi completa. O código permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar.
As restrições ao pleno exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934. No entanto, o código não tornava obrigatório o voto feminino. Apenas o masculino. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser obrigatório em 1946.
Reprodução
Alzira Soriano foi eleita prefeita de Lajes (RN) em 1928
Alzira Soriano foi eleita prefeita de Lajes (RN) em 1928
O direito ao voto feminino começou pelo Rio Grande do Norte. Em 1927, o Estado se tornou o primeiro do país a permitir que as mulheres votassem nas eleições.
Naquele mesmo ano, a professora Celina Guimarães --de Mossoró (RN) se tornou a primeira brasileira a fazer o alistamento eleitoral. A conquista regional desse direito beneficiou a luta feminina da expansão do "voto de saias" para todo o país.
fonte: folha de são paulo

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

TOYOTISMO

O toyotismo é um modo de organização da produção capitalista que surgiu na fábrica da Toyota no Japão e foi elaborado por Tiichi Ohno. A partir da crise capitalista da década de 1970 foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.
O sistema pode ser teóricamente caracterizado por quatro aspectos:
1-   Mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez.
2-  Processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho.
3-  Implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo.
4-  Sistema just in time que se caracteriza pela minimização dos estoques necessários à produção de um extenso leque de produtos, com um planejamento de produção dinâmico. Como indicado pelo próprio nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é demandado.
   O Japão desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o toyotismo se complementava naturalmente com a automação flexível.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

FETICHE DA MERCADORIA

"Valendo-se do recurso metafórico, o conceito de fetichismo representa uma versão concretizada do conceito de alienação, que Marx, aliás, continuou a empregar, mas despido de conotações especulativas e em raras passagens.
Uma vez lançada ao mercado, a mercadoria adquire vida independente de seu criador. Ao contrário, o destino do criador vai depender do que acontecerá à sua criação, a qual, embora coisa banal de uso comum, assume a feição de fetiche com poderes misteriosos."
por Jacob Gorender

Obs. Ao separar-se de seu produtor a mercadoria aparece no mercado de forma independente. A partir daí, ela passa a ser um objeto de desejo de outras pessoas, desta forma, ocultando a essência de desigualdade capitalista, já que a relação de exploração na relação Burguesia x Proletariado parece não existir.    

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

SOCIALIZAÇÃO POR FRAGMENTOS

No primeiro capítulo do seu livro Visões da tradição sociológica, o sociólogo estadunidense Donald Levine discute uma das características do nosso tempo: a visão fragmentária do mundo. seu texto inspira uma reflexão sobre o processo de socialização tal como ocorre hoje.
Cada vez mais, a socialização acontece em pequenos fragmentos. A televisão despeja imagens e as pessoas "zapeiam" de canal em canal. A leitura de livros é substituída pela de resumos ou de resenhas publicadas nos periódicos, quando não apenas por frases e parágrafos soltos destacados em revistas semanais. Os computadores apresentam as notícias e informações como se fossem todas iguais e tivessem a mesma importância. Os pais entregam os filhos para as escolas e acreditam que com isso os estão educando. Os estudantes demonstram uma capacidade reduzida para argumentar com fundamento e quase não têm uma visão histórica ou processual do que está acontecendo, pois, como nos diz Eric Hobsbawm, para eles até a guerra do Vietnã é pré-histórica. Os mais velhos são considerados improdutivos e ultrapassados, um peso para os familiares, como se não pudessem mais dizer ou ensinar algo aos mais novos. O que importa é o momento e o novo que aparece a todo instante.   
por Nelson Tomazi

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Nosso autor de hoje é Thomas Hobbes.


Hobbes no século XVII escreveu sua principal obra "O Leviatã". Uma brilhante obra que visa explicar a necessidade de um poder soberano, o Estado, para preservar entre outras coisas a segurança dos indivíduos.
"O que se chama Felicidade existe quando nossos desejos se realizam com um êxito constante. O poder é a condição sine qua non para a felicidade. Riquezas, ciência, honra, são apenas formas do poder. Há no homem um desejo perpétuo, incessante de poder, que só termina com a morte."
O homem, porém, não vive sozinho. ele tem semelhantes. Ai está sua condição natural. como se concilia esta condição com a sua natureza individual, tal qual vem ser analisada?
A razão, que é apenas um cálculo, sugere-lhe convenientes artigos de paz, que lhe permitem entrar em acordo com outros homens. Sendo assim, são os homens naturais que o constituirão, por um pacto voluntário firmado entre-si, tendo em vista a própria proteção, a fim de saírem, sem temor de recaída, do espantoso estado de natural - para a sua libertação, sua salvação. 
O contrato:
"por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo direito de liberdade nocivos a paz."

domingo, 4 de agosto de 2013


Este Blog foi criado com o objetivo de auxiliar o ensino de Sociologia no ensino fundamental e médio