terça-feira, 27 de agosto de 2013

DIREITO DE VOTO DAS MULHERES NO BRASIL.

Faz só 80 anos que a mulher brasileira ganhou o direito de votar nas eleições nacionais. Esse direito foi obtido por meio do Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932. Mesmo assim, a conquista não foi completa. O código permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar.
As restrições ao pleno exercício do voto feminino só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934. No entanto, o código não tornava obrigatório o voto feminino. Apenas o masculino. O voto feminino, sem restrições, só passou a ser obrigatório em 1946.
Reprodução
Alzira Soriano foi eleita prefeita de Lajes (RN) em 1928
Alzira Soriano foi eleita prefeita de Lajes (RN) em 1928
O direito ao voto feminino começou pelo Rio Grande do Norte. Em 1927, o Estado se tornou o primeiro do país a permitir que as mulheres votassem nas eleições.
Naquele mesmo ano, a professora Celina Guimarães --de Mossoró (RN) se tornou a primeira brasileira a fazer o alistamento eleitoral. A conquista regional desse direito beneficiou a luta feminina da expansão do "voto de saias" para todo o país.
fonte: folha de são paulo

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

TOYOTISMO

O toyotismo é um modo de organização da produção capitalista que surgiu na fábrica da Toyota no Japão e foi elaborado por Tiichi Ohno. A partir da crise capitalista da década de 1970 foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.
O sistema pode ser teóricamente caracterizado por quatro aspectos:
1-   Mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez.
2-  Processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho.
3-  Implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo.
4-  Sistema just in time que se caracteriza pela minimização dos estoques necessários à produção de um extenso leque de produtos, com um planejamento de produção dinâmico. Como indicado pelo próprio nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é demandado.
   O Japão desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o toyotismo se complementava naturalmente com a automação flexível.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

FETICHE DA MERCADORIA

"Valendo-se do recurso metafórico, o conceito de fetichismo representa uma versão concretizada do conceito de alienação, que Marx, aliás, continuou a empregar, mas despido de conotações especulativas e em raras passagens.
Uma vez lançada ao mercado, a mercadoria adquire vida independente de seu criador. Ao contrário, o destino do criador vai depender do que acontecerá à sua criação, a qual, embora coisa banal de uso comum, assume a feição de fetiche com poderes misteriosos."
por Jacob Gorender

Obs. Ao separar-se de seu produtor a mercadoria aparece no mercado de forma independente. A partir daí, ela passa a ser um objeto de desejo de outras pessoas, desta forma, ocultando a essência de desigualdade capitalista, já que a relação de exploração na relação Burguesia x Proletariado parece não existir.    

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

SOCIALIZAÇÃO POR FRAGMENTOS

No primeiro capítulo do seu livro Visões da tradição sociológica, o sociólogo estadunidense Donald Levine discute uma das características do nosso tempo: a visão fragmentária do mundo. seu texto inspira uma reflexão sobre o processo de socialização tal como ocorre hoje.
Cada vez mais, a socialização acontece em pequenos fragmentos. A televisão despeja imagens e as pessoas "zapeiam" de canal em canal. A leitura de livros é substituída pela de resumos ou de resenhas publicadas nos periódicos, quando não apenas por frases e parágrafos soltos destacados em revistas semanais. Os computadores apresentam as notícias e informações como se fossem todas iguais e tivessem a mesma importância. Os pais entregam os filhos para as escolas e acreditam que com isso os estão educando. Os estudantes demonstram uma capacidade reduzida para argumentar com fundamento e quase não têm uma visão histórica ou processual do que está acontecendo, pois, como nos diz Eric Hobsbawm, para eles até a guerra do Vietnã é pré-histórica. Os mais velhos são considerados improdutivos e ultrapassados, um peso para os familiares, como se não pudessem mais dizer ou ensinar algo aos mais novos. O que importa é o momento e o novo que aparece a todo instante.   
por Nelson Tomazi

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Nosso autor de hoje é Thomas Hobbes.


Hobbes no século XVII escreveu sua principal obra "O Leviatã". Uma brilhante obra que visa explicar a necessidade de um poder soberano, o Estado, para preservar entre outras coisas a segurança dos indivíduos.
"O que se chama Felicidade existe quando nossos desejos se realizam com um êxito constante. O poder é a condição sine qua non para a felicidade. Riquezas, ciência, honra, são apenas formas do poder. Há no homem um desejo perpétuo, incessante de poder, que só termina com a morte."
O homem, porém, não vive sozinho. ele tem semelhantes. Ai está sua condição natural. como se concilia esta condição com a sua natureza individual, tal qual vem ser analisada?
A razão, que é apenas um cálculo, sugere-lhe convenientes artigos de paz, que lhe permitem entrar em acordo com outros homens. Sendo assim, são os homens naturais que o constituirão, por um pacto voluntário firmado entre-si, tendo em vista a própria proteção, a fim de saírem, sem temor de recaída, do espantoso estado de natural - para a sua libertação, sua salvação. 
O contrato:
"por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo direito de liberdade nocivos a paz."

domingo, 4 de agosto de 2013


Este Blog foi criado com o objetivo de auxiliar o ensino de Sociologia no ensino fundamental e médio