quarta-feira, 26 de março de 2014

Sociologia Positivista

Como o próprio termo faz subentender, a sociologia é a ciência que toma a sociedade como objeto de estudo. Isso engloba análises referentes à sua estrutura, organização, e principalmente os processos que interligam os indivíduos que constituem essa sociedade. Dentre esses processos, as relações humanas e as ações sociais realizadas por esses sujeitos são o que mais atraem o olhar dos sociólogos que buscam sempre compreender essas relações e o comportamento humano.
Desde o surgimento dessa ciência muitas vertentes têm travado disputas em torno da defesa do método que seria o mais legítimo para as análises desses objetos, e algumas correntes adquiriram muita força nesse campo e ainda exercem muita influência. Já outras surgiram questionando os grandes cânones já existentes, mas o fato é que coexistem diversas teorias sociológicas.
Inicialmente o termo Sociologia foi cunhado por Auguste Comte em 1838, a partir de sua intenção de unificar as ciências que se empenhavam de alguma forma em estudar o homem. Comte é um importante teórico da sociologia e precursor de diversas teorias, dentre elas a teoria do positivismo que é responsável pela existência da vertente da sociologia positivista.
O método positivista de Auguste Comte está arraigada basicamente ao primado da empiria. Isso significa dizer que sua teoria partia de um pressuposto livre de idealismos e racionalismos valorizando enquanto método científico o evento de experiência sensível. Para este teórico e de acordo com sua concepção positivista de ciência, a verdadeira produção científica só poderia derivar dessa experiência, por ser baseada apenas no mundo físico e material e dessa forma seria também a única capaz de produzir a partir disso dados concretos e cientificamente respeitáveis.

O pensamento positivista, do qual Auguste Comte e o maior expoente, defende ainda que o único conhecimento legítimo  e verdadeiro é o conhecimento científico, e esse deveria então basear-se inevitavelmente no método positivista. A desvalorização de tudo aquilo que não tivesse a possibilidade de ser comprovado de maneira científica através da observação e da experiência faria com que esses fenômenos fossem atribuídos ao domínio metafisico.
Emile Durkheim, outro grande expoente da Sociologia, foi um continuador crítico da obra e da teoria de Auguste Comte e desse modo foi imprescindível para a elaboração do ideal científico para a área da Sociologia. Essa sua ligação explica a relação de aproximação existente entre a sociologia positivista e a sociologia funcionalista.
O intento principal desses teóricos e especialmente de Durkheim era o de estabelecer a cientificidade da Sociologia e  diferenciá-la das demais ciências humanas uma vez que não foi possível tomar para esta ciência o encargo de analisar todas as questões relativas ao homem. Diferenciou-se a sociologia das filosofias e demais ciências sociais a partir de sua definição como um estudo metódico  da realidade social a partir observação e experimentação que são os princípios da teoria positivista.

Definiu-se também enquanto objeto central dessa ciência a análise dos fatos social. Além disso, esses teóricos trabalharam na elaboração de uma metodologia sólida para essa disciplina que se tornava cada vez mais independente das demais. Essa autonomia fez com que fossem cunhados termos e conceitos até hoje utilizados por sociólogos.
Desse modo, a Sociologia positivista é uma vertente que parte das teorias fundadoras da Sociologia como ciência, desenvolvidas por Auguste Comte com a continuidade em Durkheim que além de defender a particularidade metodológica dessa ciência afirma que a mesma deve chegar a suas conclusões científicas somente através do método empíricos e da experiência sensível, ou seja, observação e experimento.

 Posted in Outros Assuntos By Sociologia On March 21, 2014

quinta-feira, 13 de março de 2014

ATUALIDAES: SUICÍDIO NA ÍNDIA.

Taxa de suicídio de jovens cresce

NOVA DÉLHI (AE-AP) - A probabilidade de jovens indianos cometerem suicídio é maior do que antes se acreditava, principalmente entre aqueles que vivem em regiões com maior renda e escolaridade, aponta estudo publicado na revista médica “The Lancet”. Para especialistas, isso pode ser uma indicação de que o rápido desenvolvimento da Índia está levando muitos jovens ao desespero. As oportunidades que surgiram com as duas décadas de crescimento econômico também trouxeram o medo do desemprego, maiores expectativas e mais pressão em ser bem-sucedido, afirmam.
              A Índia possui uma das maiores taxas de suicídio do mundo. Antes, pensava-se que o maior grupo de risco era o dos produtores rurais endividados após safras ruins. O estudo, entretanto, afirma que o número de suicídios é maior entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos, que vivem em regiões do sudeste do país, consideradas mais desenvolvidas, com melhores sistemas de educação, saúde e previdência social. O fenômeno vêm sendo registrado nos últimos tempos, dizem pesquisadores, já que jovens de classe média esforçam-se para corresponder à expectativas de sucesso. Além disso, novas tecnologias como as redes sociais colaboram para desfazer unidades familiares tradicionais.
              A pesquisa utiliza dados do governo sobre mortes entre 2001 e 2003 para estimar que 187 mil suicídios ocorreram em 2010 (3% das mortes naquele ano). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 milhão de pessoas tiram a própria vida por ano em todo o mundo. Ou seja, são 14 suicídios para cada 100 mil pessoas, em uma população global de 7 bilhões. Em comparação, os Estados Unidos registraram 37,8 mil suicídios em 2010, 12,2 para cada grupo de 100 mil pessoas. Enquanto na Índia, os 187 mil casos equivalem a 16 suicídios a cada 100 mil pessoas - número muito maior do que estimativas anteriores de dez por 100 mil. As altas taxas podem advir da “maior probabilidade de desapontamento, quando as aspirações que definem o sucesso e felicidade são distorcidas ou inalcançadas pela juventude”, disse um dos autores da pesquisa, Vikram Patel.

Fonte: folha-PE