sexta-feira, 4 de novembro de 2016

CHEGOU A HORA!!! DICAS IMPORTANTES

Alteridade é um substantivo feminino que expressa a qualidade ou estado do que é outro ou do que é diferente. É um termo abordado pela filosofia e pela antropologia.
Um dos princípios fundamentais da alteridade é que o homem na sua vertente social tem uma relação de interação e dependência com o outro. Por esse motivo, o "eu" na sua forma individual só pode existir através de um contato com o "outro". Quando é possível verificar a alteridade, uma cultura não tem como objetivo a extinção de uma outra. Isto porque a alteridade implica que um indivíduo seja capaz de se colocar no lugar do outro, em uma relação baseada no diálogo e valorização das diferenças existentes.
Dica para o ENEM:
Na prova de Ciências Humanas e suas tecnologias, procure marcar alternativas que respeitem os direitos humanos e a diversidade cultural.Evite as alternativas com posições etnocêntricas ou preconceituosas.
Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido como a visão demonstrada por alguém que considera o seu grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano mais importante que as outras culturas e sociedades.

domingo, 9 de outubro de 2016

Voto Censitário

O Voto censitário era a concessão do direito do voto apenas àqueles cidadãos que possuíam certos critérios que comprovassem uma situação financeira satisfatória. Desse modo, os cidadãos eram classificados em ativos – que pagavam impostos- e passivos que tinham uma renda baixa. Apenas os ativos tinham o direito de votar.
Na época colonial, só podiam votar (e ser votados) nobres, burocratas, militares, comerciantes ricos, senhores de engenho e homens de posses, mesmo analfabetos. Em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou a primeira Constituição brasileira e estabeleceu o voto censitário. O processo eleitoral seria realizado em dois turnos: eleições primárias, para a formação de um colégio eleitoral que, nas eleições secundárias, elegeria os senadores, deputados e membros do Conselho da Província. Só o alcaide-mor, espécie de prefeito, era indicado pelo rei.
Hoje, diferente daquela época, o direito de voto é universal, independente de renda, raça ou religião, o que é mais democrático. O voto no Brasil é obrigatório e um direito de todo cidadão brasileiro acima de 16 anos.

sábado, 17 de setembro de 2016

TIPOS DE DOMINAÇÃO, SEGUNDO MAX WEBER

Há uma relação de dominação quando uma quantidade qualquer de indivíduos obedece a uma ordem vinda de parte da sociedade, seja ela composta por uma ou por diversas pessoas. A dominação é sempre resultado de uma relação social de poder desigual, onde se percebe claramente a existência de um lado que comanda (domina) e outro que obedece. Podemos assemelhar assim a dominação a qualquer situação em que encontremos indivíduos subordinados ao poder de outros. Mas a dominação difere das relações de poder em geral por apresentar uma tendência a se estabilizar, a procurar manter-se sem provocar confrontos.
         Assim, as relações de dominação dentro de uma sociedade se caracterizam por buscar formas de legitimação, de ser reconhecidas como necessárias para a manutenção da ordem social.
O sociólogo alemão Max Weber [Erfurt, 1864 - Munique, 1920] apresentou, em um de seus estudos mais importantes, três tipos puros de dominação legítima, cada um deles gerando diferentes categorias de autoridade. São classificados como puros porque só podem ser encontrados isolados no nível da teoria, combinando-se quando observados em exemplos concretos.
O primeiro deles é a dominação tradicional. Significa aquela situação em que a obediência se dá por motivos de hábito porque tal comportamento já faz parte dos costumes. É a relação de dominação enraizada na cultura da sociedade. Um exemplo extremamente claro é o da família patriarcal. Os filhos obedecem aos pais por uma relação de fidelidade há muito estabelecida e respeitada.
O segundo tipo é a dominação carismática. Nela, a relação se sustenta pela crença dos subordinados nas qualidades superiores do líder. Essas qualidades podem ser tanto dons sobrenaturais quanto a coragem e a inteligência inigualável. Podemos tomar como exemplo qualquer grupo religioso centrado na figura do profeta, que apenas por meio de suas habilidades e conhecimentos pessoais, sem o uso da força, consegue arregimentar um grande número de seguidores.
O terceiro tipo é a dominação legal, ou seja, por meio das leis. Nessa situação, um grupo de indivíduos submete-se a um conjunto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes. Essas regras determinam ao mesmo tempo a quem e em que medida as pessoas devem obedecer. Um exemplo ilustrativo é o do empregado que acata as ordens de um superior, de acordo com as cláusulas (regras, leis) do contrato assinado.


 Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/sociology

terça-feira, 16 de agosto de 2016

LIVRO O SEGUNDO SEXO COMPLETO


      O Segundo Sexo, livro escrito por Simone Beauvoir, é uma obra básica para o entendimento do feminismo. É considerada por alguns um marco teórico importante da chamada segunda onda do feminismo no Brasil, e traz diversos conceitos e argumentações irrefutáveis e importantes para a luta feminista. É um livro por vezes complexo, como não poderia deixar de ser, mas cujo conteúdo precisava ser mais e mais divulgado, ainda mais levando-se em conta que há pessoas que refutam o feminismo como se fosse algo desnecessário ou antigo. Definitivamente uma obra necessária e mais relevante do que nunca.
      Acesse o livro completo no link abaixo:

sábado, 28 de maio de 2016

SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO

No que consiste a Sociologia da Religião?
A Sociologia da Religião é um ramo da Sociologia e ela se fundamenta na compreensão humana entre o “profano” e o “sagrado”.  Independente da crença, o que é mais significativo da religião para a Sociologia é o papel fundamental que ela exerce na vida social.
Como é a pesquisa em Sociologia da Religião? Quais são os principais Sociólogos?
A pesquisa em Sociologia da Religião se dá de forma empírica, através de autores clássicos como Émile Durkheim, Max Weber, Georg Simmel, e outros autores que colaboram pra essa análise como Sigmund Freud e William James. Vou me concentrar a falar um pouco sobre os Clássicos. Lembrando que, a orientação pessoal de cada sociólogo emerge de modo claro por meio das próprias definições de religião.
Émile Durkheim e as Formas Religiosas – Durkheim considera a religião como parte essencial da vida social, em sua própria obra “As formas elementares da vida religiosa” ele diz: “Nosso objetivo, neste livro, é estudar a religião mais primitiva e simples atualmente conhecida, fazer a análise dela, tentar sua explicação.” Para o sociólogo, a ciência não substitui a religião. Há algo eterno na Religião. Em toda obra ele visa à busca da origem da vida social, e tem como pesquisa o Totemismo de povos primitivos na Austrália. Em busca do universo ideológico do fenômeno religioso ele consegue articular as representações de tempo, espaço, morte através da instituição nas quais ele acreditava ter uma consciência coletiva. Conclui a obra entendendo que a religião é algo eminentemente social, as representações religiosas são representações coletivas (Ritos), nesse sentido a religião é um produto do coletivo.
Max Weber e a Religião – Um dos principais motivos de sua pesquisa foi captar as relações entre economia e religião. Ele reconhece o capitalismo como uma força na realidade social moderna, mas evita atribuir a uma só matriz a origem das dinâmicas sociais (divergindo de Marx). Nesse sentido ele trabalha com o econômico e o religioso em sua obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”. Nessa obra ele analisa a origem de uma consciência econômica condicionada a um conteúdo da fé religiosa. Tem como recorte o caráter predominante protestante calvinista, que em sua análise pregava a acumulação de capital em um objetivo existencial, e que o sucesso na profissão é um sinal de predileção divina.
Georg Simmel Religiosidade e Religião – Simmel dá início diferenciando os dois conceitos – Religiosidade e Religião, que em sua opinião se difere pelo fato de que a Religião é criada pela Religiosidade e não o contrário. A Religiosidade seria uma “disposição de ânimo interior”, e a religião uma fase mais avançada, uma objetivação da fé. . Um processo similar que o autor faz com natureza e cultura. Um exemplo: A crença na versão simmeliana seria um exemplo de religiosidade, enquanto os ritos se encontrariam a meio caminho entre a religiosidade e religião.
por: Abner Davi

sábado, 7 de maio de 2016

A RACIONALIZAÇÃO DO MUNDO SEGUNDO MAX WEBER.

Para o sociólogo alemão Max Weber, a sociedade ocidental passou por um processo de racionalização. Este processo possibilitou uma nova visão de mundo, superando gradativamente as explicações religiosas, substituindo-as por explicações racionais. A este fenômeno, Weber chamou de desencantamento do mundo. E o que significa “desencantamento” para este autor?: “É importante lembrar que esse termo, nas obras do pensador alemão, não significa perda, carência. Sendo que o termo desencantamento do mundo não é desencanto, como alguém que se desencanta com outra pessoa, e não pode ser confundido com estado de espírito que possa se encontrar desencantado, como uma espécie de desapontamento, desilusão”. (CARDOSO, 2014, p. 107) Desfeita esta noção equivocada, desencantamento significa a “desmagificação” do mundo: o afastamento das crenças tradicionais religiosas. Nesse sentido, o encantamento, das explicações de mundo teológicas, é substituído pela razão científica, ou seja, a racionalização do mundo.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Carta aos meus alunos do colégio Amazônia


O que me faz feliz ao partir?
A saudade que sentirei:
dos momentos em que corrigi as suas provas;
dos sorrisos, das aflições, uma parte minha fica convosco, e muito de vocês fica dentro de mim.
Sim, vale a pena viver!
E vocês me ajudaram a enxergar a vida de uma maneira melhor e mais alegre.
Sim, eu amo vocês!
Toda quinta-feira ainda acordarei com aquele sentimento maravilhoso de reencontra-los.

Assinado: professor Harley Cunha

sábado, 16 de abril de 2016

ENEM 2016 - INSCRIÇÕES EM MAIO

Inscrições Enem 2016 começam em maio! O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou na manhã desta quinta-feira (14) a data oficial do período de inscrição do Enem 2016 – Exame Nacional do Ensino Médio. Os registros deverão ser realizados entre as 10h do dia 09 de maio até as 23h59min do dia 20 do mesmo mês, levando em conta o horário oficial de Brasília/DF.

IDEOLOGIA




A IDEOLOGIA, SUAS ORIGENS E PERSPECTIVAS
        A ideia de cultura nasce da análise das sociedades antigas, mas o conceito de ideologia é um produto essencialmente moderno, pois antes da Idade Moderna as explicações da realidade eram dadas pelos mitos ou pelo pensamento religioso.
Uma das primeiras ideias sobre ideologia foi expressa por Francis Bacon (1561-1626), em seu livro Novum organum (1620). Ele não utilizava o termo ideologia, mas, ao recomendar um estudo baseado na observação, declarava que, até aquele momento, o entendimento da verdade estava obscurecido por ídolos, ou seja, por ideias erradas e irracionais.
O termo Ideologia foi utilizado inicialmente pelo pensador francês Destutt de Tracy (1754-1836), em seu livro Elementos de ideologia (1801), no sentido de “ciência da gênese das ideias”. Tracy procurou elaborar uma explicação para os fenômenos sensíveis que interferem na formação das ideias, ou seja, a vontade, a razão, a percepção e a memória.
         Um segundo sentido de ideologia, o de “ideia falsa” ou “ilusão”, foi utilizado por Napoleão Bonaparte num discurso perante o Conselho de Estado, em 1812. Napoleão afirmou nesse discurso que seus adversários, que questionavam e perturbavam a sua ação governamental, eram apenas metafísicos, pois o que pensavam não tinha conexão com o que estava acontecendo na realidade, na história.
         Auguste Comte (1798-1857), em seu Curso de filosofia positiva (1830-1842), retomou o sentido de ideologia utilizado por Tracy – o de estudo da formação das ideias, partindo das sensações (relação do corpo com o meio) – e acrescentando outro, o de conjunto de ideias de determinada época.
        Karl Marx também não apresentou uma única definição de ideologia. No livro A ideologia alemã (1846), ele se referiu a ideologia como um sistema elaborado de representações e de ideias que correspondem a formas de consciência que os homens têm em determinada época. Ele afirmou ainda que as ideias dominantes em qualquer época são sempre as de quem domina a vida material e, portanto, a vida intelectual.
        Marx desenvolveu a concepção de que ideologia é a inversão da realidade, no sentido de reflexo, como uma câmara fotográfica, em que a imagem aparece “invertida”. Contrapondo-se a muitos autores que acreditavam que as ideias transformavam e definiam a realidade, Marx afirmava que a existência social condicionava a consciência dos indivíduos sobre a situação em que viviam. Assim, para Marx, as ideologias não são meras ilusões e aparências – e muito menos fundamento da história - , mas são uma realidade objetiva e atuante.
         No mesmo livro de Marx, pode-se encontrar a explicação de que a ideologia é resultante da divisão entre trabalho manual e o intelectual. O trabalho intelectual esteve nas mãos da classe dominante e, assim a medida que pôde “emancipar-se” da realidade concreta em que foi produzido e se transformar em teoria pura, pôde também transformar-se em teoria geral para todas as sociedades, sem levar em conta a história de cada uma delas. Essa emancipação das ideias é muito bem exemplificada por Marx. Ele se refere a um indivíduo que afirmava que os homens só se afogavam porque estavam possuídos pela ideia de gravidade. Se abandonassem essa ideia, estariam livres de qualquer afogamento. Marx não diz se esse homem foi bem sucedido na luta contra a ilusão de gravidade nem se tentou testar sua teoria.
        Emile Durkheim, ao discutir a questão da objetividade cientifica em seu livro As regras do método sociológico (1895), afirma que, para ser o mais preciso possível, o cientista deve deixar de lado todas as pré-noções, as noções vulgares, as ideias antigas e pré-científicas e as ideias subjetivas. São essas ideias que ele entende por ideologia, ou seja, o contrário de ciência.
        Karl Mannheim (1893-1947) talvez o sociólogo depois de Marx que mais tenha influenciado a discussão sobre ideologia. No livro Ideologia e utopia (1929), ele conceitua duas formas de ideologia: a particular e a total. A particular corresponde à ocultação da realidade, incluindo mentiras conscientes e ocultamentos subconscientes e inconscientes, que provocam enganos ou mesmo auto enganos. A ideologia total é a visão de mundo (cosmovisão) de uma classe social ou de uma época. Nesse caso, não há ocultamento ou engano, apenas a reprodução das ideias próprias de uma classe ou ideias gerais que permeiam toda sociedade.
         Para Mannheim, as ideologias são sempre conservadoras, pois expressam o pensamento das classes dominantes, que visam à estabilização da ordem. Em contraposição, ele chama de utopia o que pensam as classes oprimidas, que buscam a transformação.    
         Depois de Mannheim, muitos outros pensadores estudaram e utilizaram o conceito de Ideologia, mas todos eles tiveram como referência os autores que citamos.
por: Nelson Tomazi

quarta-feira, 13 de abril de 2016

CONCENTRAÇÃO DE RENDA


Só 2% concentram metade da riqueza mundial, diz estudo
fonte: UFCG
Os 50% mais pobres da população respondem por apenas 1% da riqueza do planeta, aponta órgão ligado às Nações Unidas; Brasil possui 1,3% da riqueza e 2,8% da população mundial; quase um terço do patrimônio dos 10% mais ricos está nos EUA.
A renda pessoal está distribuída de maneira tão desigual no mundo que os 2% mais ricos da população adulta detêm mais de 50% dos ativos mundiais, enquanto os 50% de pessoas mais pobres detêm apenas 1% da riqueza do planeta.
Os resultados de uma pesquisa divulgada ontem mostram que os países de renda média e com nível de crescimento elevado ainda precisam avançar muito antes de atingir patamar de prosperidade semelhante ao das nações mais ricas.  Os adultos com patrimônio de mais de US$ 2.200 estão na metade superior da escala mundial de riqueza, enquanto aqueles que detêm patrimônio superior a US$ 61 mil constituem os 10% mais ricos da população mundial, de acordo com dados compilados pelo Instituto Mundial de Pesquisa Econômica do Desenvolvimento, parte da Universidade das Nações Unidas (Finlândia).  Para integrar o 1% de adultos mais ricos do planeta, uma pessoa precisa deter patrimônio superior a US$ 500 mil, algo que 37 milhões de adultos conseguiram. A riqueza mundial está tão concentrada na mãos de tão poucas pessoas que, se a renda mundial fosse distribuída de maneira equitativa, cada pessoa disporia de ativos da ordem de US$ 20,5 mil.  Quase 90% da riqueza do mundo está sob o controle de moradores da América do Norte, Europa e dos países de renda elevada na região Ásia-Pacífico, como o Japão e a Austrália. Embora a América do Norte abrigue apenas 6% da população adulta mundial, ela responde por 34% do patrimônio domiciliar total. Quase um terço (32,6%) da riqueza dos 10% mais ricos fica nos EUA. O Brasil possui 1,3% da riqueza mundial -abaixo, portanto, do que representa a sua população: 2,8%. Os 10% mais ricos do Brasil têm 1,5% do patrimônio dos 10% mais ricos do mundo. Quando a comparação é feita em relação aos 10% mais pobres, os brasileiros dessa faixa possuem 1,9% do patrimônio. A concentração de renda nos países varia de maneira considerável, com os 10% mais ricos detendo 70% da riqueza dos EUA, ante 61% na França, 56% no Reino Unido, 44% na Alemanha e 39% no Japão. De acordo com Anthony Shorrocks, diretor do instituto de pesquisa, o número de indivíduos com alto patrimônio em um país depende das dimensões da população, do patrimônio médio e do nível de desigualdade patrimonial. "A China não obteve posição forte entre os países mais ricos porque o patrimônio médio dos chineses é modesto e a distribuição da riqueza é equilibrada, sob os padrões internacionais." À medida que os países enriquecem, suas populações alteram a maneira pela qual detêm seu patrimônio, de acordo com o estudo. Nos países em desenvolvimento, os imóveis e as outras formas de propriedade física, especialmente terrenos e ativos agrícolas, são importantes, enquanto a poupança em forma monetária é mais comum nos países de renda média.
Apenas em determinados países desenvolvidos, tais como os Estados Unidos e o Reino Unido, onde os setores financeiros são avançados, existe um forte apetite por deter patrimônio em forma de ações e de outros instrumentos financeiros mais sofisticados. As dívidas também costumam ser mais baixas nos países pobres, porque são mais raras as instituições financeiras que permitam que o povo obtenha empréstimos. (Tradução de Paulo Migliacci)


quarta-feira, 16 de março de 2016

Desemprego


O termo desemprego alude à falta de trabalho. Um desempregado é um indivíduo que faz parte da população ativa (que se encontra em idade de trabalhar) e que anda à procura de emprego embora sem sucesso. Esta situação traduz-se na impossibilidade de trabalhar e, isto, contra a vontade da pessoa.

Desemprego no século XX
Os índices de desemprego apresentam uma flutuação considerável ao longo do século XX. Nos países do ocidente, o auge do desemprego ocorreu no início da década de 1930, quando cerca de 20% da força de trabalho estava desempregada na Grã-Bretanha. As ideias do economista John Maynard Keynes tiveram uma forte influência sobre a política pública na Europa e nos Estados Unidos durante o período do pós-guerra. Keynes acreditava que o desemprego fosse resultado de um poder aquisitivo insuficiente, de forma que não existe estímulo à produção e há a necessidade de um número menor de trabalhadores. Os governos podem intervir a fim de aumentar o nível de demanda em uma economia, levando à criação de outros empregos. Muitos passaram a acreditar que que a administração da vida econômica pelo Estado significaria que os altos índices de desemprego seriam coisa do passado. O compromisso com o pleno emprego tornou-se parte da política do governo em praticamente todas as sociedades ocidentais. Até a década de 1970, essas políticas aparentemente tiveram sucesso, e o crescimento econômico se deu de modo mais ou menos contínuo.

Globalização e desemprego
      O aumento da concorrência internacional gerado pela Globalização obriga as empresas a cortarem custos diminuindo os preços. Como os países mais ricos possuem altos salários, as empresas procuram instalar suas fábricas em locais que possuam mão-de-obra barata. Com isso há uma transferência de empregos dos países mais ricos para os mais pobres.
     Aliado a isso, a diminuição dos postos de trabalho em virtude dos avanços tecnológicos tem sido frequente nas últimas décadas. O chamado desemprego estrutural, que é uma tendência em que são cortados vários postos de trabalho e uma das principais causas é a automação de várias rotinas de trabalho, substituindo a mão-de-obra do homem. As fábricas estão substituindo operários por robôs, os bancos estão substituindo funcionários por caixas eletrônicos, os escritórios informatizados já possuem sistemas que executam tarefas repetitivas e demoradas, eliminando alguns funcionários.
     Em contrapartida, existe também a criação de novos pontos de trabalho, gerando novas oportunidades de empregos, mas esses novos empregos exigem profissionais com boa formação e com isso o desemprego continua nas camadas mais baixas.
     Não só no ramo industrial se vê o efeito da globalização no desemprego. O comércio também está bastante atingido. As grandes empresas multinacionais chegam e acabam com as empresas locais. O aumento de shoppings centers vem acabando com o comércio de rua.
Atualidade

“Maior impacto do desemprego é sobre a juventude”, alerta DIEESE.

São Paulo – "As graves restrições ao crescimento econômico trouxeram a recessão e o desemprego para o cotidiano dos trabalhadores, e principalmente, aos jovens", afirma o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em entrevista hoje (25) à Rádio Brasil Atual. "Em 2015, nós observamos na economia brasileira o aumento do desemprego, e quando ele aumenta, a juventude é a mais afetada, principalmente, quando o desemprego atinge o setor de serviço e comércio, que recepciona boa parte dos jovens que chegam ao mercado de trabalho", complementa.

Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2016/02/juventude-e-a-mais-afetada-com-o-desemprego-alerta-dieese-4576.html

Principais causas do desemprego e das condições precárias de trabalho dos jovens:
·         Baixa escolaridade, baixa qualificação e falta de experiência.
·         Dificuldade de conciliar estudo e trabalho.
·         Falta de informação sobre postos e vagas no mercado de trabalho.
·         Propensão maior a aceitar condições precárias de trabalho.
Fonte: IPEA
 
 
Exercício
01 – (ENEM/2015) No final do século XX e em razão dos avanços da ciência, produziu-se um sistema presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema uma presença planetária. Um mercado que utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta nessa globalização perversa.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2008 (adaptado).
Uma consequência para o setor produtivo e outra para o mundo do trabalho advindas das transformações citadas no texto estão presentes, respectivamente, em:
a) Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da legislação laboral.
b) Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento de associações sindicais.
c) Diminuição dos investimentos industriais e desvalorização dos postos qualificados.
d) Concentração das áreas manufatureiras e redução da jornada semanal.
e) Automatização dos processos fabris e aumento dos níveis de desemprego.
 
 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O papel da sociologia para Bourdieu


"A sociologia talvez não merecesse uma hora de esforço se tivesse por finalidade apenas descobrir os cordões que movem os indivíduos que ela observa, se esquecesse que lida com os homens, mesmo quando estes, à maneira das marionetes, jogam um jogo cujas regras ignoram, em suma, se ela não se desse à tarefa de restituir a esses homens o sentido de suas ações.'

Pierre Bourdieu. O camponês e seu corpo
 
Pierre Bourdieu, sociólogo francês, foi preciso ao apresentar a sociologia como uma disciplina libertadora. Sem tirar o mérito de Karl Marx, que desde a sociologia clássica já desmascarava as ilusões criadas pelas ideologias dominantes. Bourdieu conseguiu avançar no debate e apresentar o modo como a sociedade de classes se reproduz dentro do sistema capitalista de produção. Ele, ao desenvolver seu trabalho sobre o "Poder Simbólico", percebeu o papel da Educação como reprodutora das desigualdades sociais nas sociedades capitalistas contemporâneas. Deste modo, desvendou um dos principais grilhões* que mantêm as pessoas presas a sua situação de exploração na pirâmide social. Nesse sentido, o autor ressalta o papel da sociologia enquanto disciplina libertadora, uma das poucas capaz de restituir às pessoas o seu direito fundamental a cidadania.
Professor HARLEY CUNHA
 
*GRILHÕES: Corrente forte de metal que aprisiona.
 
 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

30 MIL ACESSOS


Agradeço a todos os meus alunos pelo apoio que tem dado ao nosso blog. Conseguimos superar a marca de 30 mil acessos, agora o desafio é chegarmos aos 100 mil. Para isso, este ano, iremos trazer novidades, tais como: vídeo aulas e entrevistas.
Meus sinceros agradecimentos,
Professor HARLEY CUNHA

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

SOCIOLOGIA NO BRASIL


A sociologia no Brasil desenvolveu-se ao longo do século XX mediante desafios científicos e políticos. Porque, os sociólogos brasileiros, além de responder questões importante como: “ O que somos enquanto nação? ”, tiveram que conviver com a desconfiança dos regimes autoritários para com a disciplina.
Nesse sentido, o primeiro objetivo da sociologia no Brasil foi tentar explicar a formação da sociedade brasileira. Com efeito, destacam-se importantes obras das décadas de 1920 e 1930, entre elas “Casa grande e senzala”, de Gilberto Freire, “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda e “Formação do Brasil contemporâneo”, de Caio Prado Junior. 
Nas décadas seguintes, a Sociologia brasileira mudou o foco para estudos de temas relacionados às classes trabalhadoras, tais como salários e jornadas de trabalho, e também comunidades rurais. Pós 2º guerra mundial, especificamente na década de 50, destacam-se, nos estudos dos temas socioeconômicos, Florestan Fernandes e Celso Furtado.
Na década de 60 a sociologia se preocupou com o processo de industrialização do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no campo e a partir de 1964, com dvento da intervenção militar, o trabalho dos sociólogos se voltou para os problemas sócio políticos e econômicos originados pela tensão de se viver em um pais cujo a forma de poder é o regime militar. Nesse período a Sociologia foi banida do ensino secundarista, e substituída pela disciplina de educação moral e cívica.
Na década de 1980 a Sociologia finalmente voltou a ser disciplina no ensino médio, sendo facultativa sua presença na grade curricular. Também ocorreu nesse período a profissionalização da Sociologia no Brasil. Além da preocupação com a economia, política e mudanças sociais apropriadas com a instalação da nova república (1985), os sociólogos diversificaram os horizontes e ampliaram seus leques de estudos, voltaram-se para o estudo da mulher, do trabalhador rural e outros assuntos culminantes.
Finalmente em 2008, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (através da LEI Nº 11.684), a Sociologia tornou-se disciplina obrigatória na grade curricular dos alunos do ensino médio no Brasil. Dessa forma, a partir de 2009 implementada efetivamente.