Há uma relação de dominação quando uma
quantidade qualquer de indivíduos obedece a uma ordem vinda de parte da
sociedade, seja ela composta por uma ou por diversas pessoas. A dominação é
sempre resultado de uma relação social de poder desigual, onde se percebe
claramente a existência de um lado que comanda (domina) e outro que obedece.
Podemos assemelhar assim a dominação a qualquer situação em que encontremos
indivíduos subordinados ao poder de outros. Mas a dominação difere das relações
de poder em geral por apresentar uma tendência a se estabilizar, a procurar
manter-se sem provocar confrontos.
Assim, as relações de dominação dentro de uma
sociedade se caracterizam por buscar formas de legitimação, de ser reconhecidas
como necessárias para a manutenção da ordem social.
O sociólogo alemão Max Weber [Erfurt,
1864 - Munique, 1920] apresentou, em um de seus estudos mais importantes, três
tipos puros de dominação legítima, cada um deles gerando diferentes categorias
de autoridade. São classificados como puros porque só podem ser encontrados
isolados no nível da teoria, combinando-se quando observados em exemplos
concretos.
O primeiro deles é a dominação
tradicional. Significa aquela situação em que a obediência se dá por motivos de
hábito porque tal comportamento já faz parte dos costumes. É a relação de
dominação enraizada na cultura da sociedade. Um exemplo extremamente claro é o
da família patriarcal. Os filhos obedecem aos pais por uma relação de
fidelidade há muito estabelecida e respeitada.
O segundo tipo é a dominação
carismática. Nela, a relação se sustenta pela crença dos subordinados nas
qualidades superiores do líder. Essas qualidades podem ser tanto dons
sobrenaturais quanto a coragem e a inteligência inigualável. Podemos tomar como
exemplo qualquer grupo religioso centrado na figura do profeta, que apenas por
meio de suas habilidades e conhecimentos pessoais, sem o uso da força, consegue
arregimentar um grande número de seguidores.
O terceiro tipo é a dominação legal, ou
seja, por meio das leis. Nessa situação, um grupo de indivíduos submete-se a um
conjunto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes.
Essas regras determinam ao mesmo tempo a quem e em que medida as pessoas devem
obedecer. Um exemplo ilustrativo é o do empregado que acata as ordens de um
superior, de acordo com as cláusulas (regras, leis) do contrato assinado.
Fonte:
http://pt.shvoong.com/social-sciences/sociology
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