O termo desemprego alude à falta de trabalho. Um desempregado é um
indivíduo que faz parte da população ativa (que se encontra em idade de
trabalhar) e que anda à procura de emprego embora sem sucesso. Esta situação
traduz-se na impossibilidade de trabalhar e, isto, contra a vontade da pessoa.
Desemprego no século XX
Os índices de desemprego
apresentam uma flutuação considerável ao longo do século XX. Nos países do
ocidente, o auge do desemprego ocorreu no início da década de 1930, quando
cerca de 20% da força de trabalho estava desempregada na Grã-Bretanha. As
ideias do economista John Maynard Keynes tiveram uma forte influência sobre a
política pública na Europa e nos Estados Unidos durante o período do
pós-guerra. Keynes acreditava que o desemprego fosse resultado de um poder
aquisitivo insuficiente, de forma que não existe estímulo à produção e há a
necessidade de um número menor de trabalhadores. Os governos podem intervir a
fim de aumentar o nível de demanda em uma economia, levando à criação de outros
empregos. Muitos passaram a acreditar que que a administração da vida econômica
pelo Estado significaria que os altos índices de desemprego seriam coisa do
passado. O compromisso com o pleno emprego tornou-se parte da política do
governo em praticamente todas as sociedades ocidentais. Até a década de 1970,
essas políticas aparentemente tiveram sucesso, e o crescimento econômico se deu
de modo mais ou menos contínuo.
Globalização e desemprego
O aumento da concorrência internacional gerado pela Globalização obriga
as empresas a cortarem custos diminuindo os preços. Como os países mais ricos
possuem altos salários, as empresas procuram instalar suas fábricas em locais
que possuam mão-de-obra barata. Com isso há uma transferência de empregos dos
países mais ricos para os mais pobres.
Aliado a isso, a diminuição dos postos de trabalho em virtude dos avanços tecnológicos tem sido frequente nas últimas décadas. O chamado desemprego
estrutural, que é uma tendência em que são cortados vários postos de trabalho e uma
das principais causas é a automação de várias rotinas de trabalho, substituindo
a mão-de-obra do homem. As fábricas estão substituindo operários por robôs, os
bancos estão substituindo funcionários por caixas eletrônicos, os escritórios
informatizados já possuem sistemas que executam tarefas repetitivas e
demoradas, eliminando alguns funcionários.
Em
contrapartida, existe também a criação de novos pontos de trabalho, gerando
novas oportunidades de empregos, mas esses novos empregos exigem profissionais
com boa formação e com isso o desemprego continua nas camadas mais baixas.
Não só no
ramo industrial se vê o efeito da globalização no desemprego. O comércio também
está bastante atingido. As grandes empresas multinacionais chegam e
acabam com as empresas locais. O aumento de shoppings centers vem acabando com
o comércio de rua.
Atualidade
“Maior impacto do desemprego é sobre a
juventude”, alerta DIEESE.
São Paulo –
"As graves restrições ao crescimento econômico trouxeram a recessão e o
desemprego para o cotidiano dos trabalhadores, e principalmente, aos
jovens", afirma o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em
entrevista hoje (25) à Rádio
Brasil Atual. "Em 2015, nós observamos na economia
brasileira o aumento do desemprego, e quando ele aumenta, a juventude é a mais
afetada, principalmente, quando o desemprego atinge o setor de serviço e
comércio, que recepciona boa parte dos jovens que chegam ao mercado de
trabalho", complementa.
Disponível
em:
http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2016/02/juventude-e-a-mais-afetada-com-o-desemprego-alerta-dieese-4576.html
Principais causas do desemprego e das condições precárias
de trabalho dos jovens:
·
Baixa
escolaridade, baixa qualificação e falta de experiência.· Dificuldade de conciliar estudo e trabalho.
· Falta de informação sobre postos e vagas no mercado de trabalho.
· Propensão maior a aceitar condições precárias de trabalho.
Fonte: IPEA
Exercício
01 – (ENEM/2015) No final do século XX e em razão dos avanços da
ciência, produziu-se um sistema presidido pelas técnicas da informação, que passaram
a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo
sistema uma presença planetária. Um mercado que utiliza esse sistema de
técnicas avançadas resulta nessa globalização perversa.
SANTOS, M. Por uma outra
globalização. Rio de Janeiro: Record, 2008 (adaptado).
Uma consequência para o setor produtivo e outra
para o mundo do trabalho advindas das transformações citadas no texto estão
presentes, respectivamente, em:
a)
Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da legislação laboral.
b)
Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento de associações sindicais.
c)
Diminuição dos investimentos industriais e desvalorização dos postos
qualificados.
d)
Concentração das áreas manufatureiras e redução da jornada semanal.
e) Automatização dos processos fabris e aumento
dos níveis de desemprego.
Nenhum comentário:
Postar um comentário