O grupo
militante islâmico Boko Haram - que reivindica o sequestro de mais de 200
meninas na Nigéria - luta para derrubar o governo e criar um Estado islâmico.
Além de sequestros, ele também realiza, desde sua fundação no norte do país em
2002, atentados e assassinatos. Seus integrantes seguem a seguinte frase do
Alcorão, o livro sagrado dos mulçumanos: "Qualquer um que não é governado
pelo que Deus revelou está entre os transgressores". O Boko Haram prega
uma versão do Islã que proíbe que os muçulmanos tomem parte em qualquer atividade
política ou social relacionada com a sociedade ocidental. Isso inclui votar em
eleições, vestir camisas e calças ou receber uma educação secular. O nome
oficial do grupo é Jama'atu Ahlis Sunna Lidda'awati wal-Jihad, que em árabe
significa "Pessoas comprometidas com a propagação dos ensinamentos do
Profeta e da Jihad". Mas os moradores de Maiduguri, cidade no nordeste do
país onde o grupo tinha sua sede, o apelidaram de Boko Haram. Em tradução livre
da língua local, hausa, o apelido significa "a educação ocidental é
proibida".
Acesso em 16/05/2014.
DICA DO PROFESSOR
Este
tema pode ser trabalhado sociologicamente no ENEM a partir do conflito étnico,
diversidade cultural ou etnocentrismo, pois, o conflito é causado por uma atitude
etnocêntrica do grupo “Boko Haram”. Relembrando “etnocentrismo
é a prática de julgar outras culturas comparando-as com a nossa” (Giddens,
2005), a partir desta comparação o grupo islâmico considera seus valores
culturais corretos em detrimento dos demais.
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