Como o próprio termo faz
subentender, a sociologia é a ciência que toma a sociedade como objeto de
estudo. Isso engloba análises referentes à sua estrutura, organização, e
principalmente os processos que interligam os indivíduos que constituem essa
sociedade. Dentre esses processos, as relações humanas e as ações sociais
realizadas por esses sujeitos são o que mais atraem o olhar dos sociólogos que
buscam sempre compreender essas relações e o comportamento humano.
Desde o surgimento dessa ciência muitas vertentes têm
travado disputas em torno da defesa do método que seria o mais legítimo para as
análises desses objetos, e algumas correntes adquiriram muita força nesse campo
e ainda exercem muita influência. Já outras surgiram questionando os grandes
cânones já existentes, mas o fato é que coexistem diversas teorias
sociológicas.
Inicialmente
o termo Sociologia foi cunhado por Auguste Comte em 1838, a partir de sua
intenção de unificar as ciências que se empenhavam de alguma forma em estudar o
homem. Comte é um importante teórico da sociologia e precursor de
diversas teorias, dentre elas a teoria do positivismo que é responsável pela
existência da vertente da sociologia positivista.
O
método positivista de Auguste Comte está arraigada basicamente ao primado da
empiria. Isso significa dizer que sua teoria partia de um pressuposto livre de
idealismos e racionalismos valorizando enquanto método científico o evento de
experiência sensível. Para este teórico e de acordo com sua concepção
positivista de ciência, a verdadeira produção científica só poderia derivar dessa
experiência, por ser baseada apenas no mundo físico e material e dessa forma
seria também a única capaz de produzir a partir disso dados concretos e
cientificamente respeitáveis.
O
pensamento positivista, do qual Auguste Comte e o maior expoente, defende ainda
que o único conhecimento legítimo e verdadeiro é o conhecimento
científico, e esse deveria então basear-se inevitavelmente no método
positivista. A desvalorização de tudo aquilo que não tivesse a possibilidade de
ser comprovado de maneira científica através da observação e da experiência
faria com que esses fenômenos fossem atribuídos ao domínio metafisico.
Emile
Durkheim, outro grande expoente da Sociologia, foi um continuador crítico da
obra e da teoria de Auguste Comte e desse modo foi imprescindível para a
elaboração do ideal científico para a área da Sociologia. Essa sua ligação
explica a relação de aproximação existente entre a sociologia positivista e a
sociologia funcionalista.
O intento principal desses teóricos e especialmente de Durkheim era o de
estabelecer a cientificidade da Sociologia e diferenciá-la das demais ciências
humanas uma vez que não foi possível tomar para esta ciência o encargo de
analisar todas as questões relativas ao homem. Diferenciou-se a sociologia das
filosofias e demais ciências sociais a partir de sua definição como um estudo
metódico da realidade social a partir observação e experimentação que são
os princípios da teoria positivista.
Definiu-se
também enquanto objeto central dessa ciência a análise dos fatos social. Além
disso, esses teóricos trabalharam na elaboração de uma metodologia sólida para
essa disciplina que se tornava cada vez mais independente das demais. Essa
autonomia fez com que fossem cunhados termos e conceitos até hoje utilizados por
sociólogos.
Desse
modo, a Sociologia positivista é uma vertente que parte das teorias fundadoras
da Sociologia como ciência, desenvolvidas por Auguste Comte com a continuidade
em Durkheim que além de defender a particularidade metodológica dessa ciência
afirma que a mesma deve chegar a suas conclusões científicas somente através do
método empíricos e da experiência sensível, ou seja, observação e experimento.