O toyotismo é um modo de organização da
produção capitalista que surgiu na fábrica da Toyota no Japão e foi elaborado por Tiichi Ohno. A partir da crise capitalista da década de 1970 foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês),
adquirindo uma projeção global.
O sistema pode ser teóricamente caracterizado por
quatro aspectos:
1- Mecanização flexível, uma dinâmica
oposta à rígida automação fordista decorrente da
inexistência de escalas que
viabilizassem a rigidez.
2- Processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se
basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a
mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a
fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e
o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu
também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o
enriquecimento do trabalho.
3- Implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos,
difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar
com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato
buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no
toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os
trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo.
4- Sistema just in time que se caracteriza pela minimização dos estoques necessários à produção de um extenso leque de
produtos, com um planejamento de produção dinâmico. Como indicado pelo próprio
nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é
demandado.
O Japão
desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos
lucrativos mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a
manutenção da flexibilidade, o toyotismo se complementava naturalmente com a
automação flexível.
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