segunda-feira, 15 de junho de 2020

INDÚSTRIA CULTURAL

O termo Indústria Cultural foi desenvolvido por Max Horkheimer e Theodor Adorno. O termo foi usado para designar o modo de produzir cultura que foi adotado principalmente na virada do século XIX para o XX. O modelo capitalista de produção em larga escala baseado no modelo das indústrias automobilísticas de Henry Ford.

Os avanços tecnológicos permitiram que a cultura fosse produzida de forma rápida e destinada ao consumo rápido, sem a necessidade de pensar ou fazer conexões com outras obras. A arte passou a ser destinada ao consumo rápido e consequentemente ao lucro, grande parte das obras produzidas a virada do século XIX para o XX tinha intenção de ser massificadora, comercial e geradora de lucros.

 

A Indústria Cultural e o cinema

A produção cinematográfica marcou o início do que Horkheimer e Adorno chamaram de Indústria Cultural, a produção de filmes deu início a um processo de produção mais rápido e dinâmico, pronto pro consumo e que poderia ser apresentada para um número grande de pessoas, diversas vezes por dia.

Além disso a indústria do cinema foi a responsável pela criação de um modelo de roteiros que agradam o maior número de espectadores, o padrão ainda se repete em boa parte dos filmes: a luta dicotômica entre vilão e mocinho, o casal apaixonado que fica junto apenas no final, a mocinha ou mocinho que sofre com as maldades do vilão ou o soldado herói que livra a pátria e os cidadãos dos perigos das nações inimigas.

A indústria cultural foi também responsável pela padronização do modelo de vida que deveria ser seguido e copiado pelos espectadores. Modelo de vida baseado na realidade das classes dominantes. O modelo de vida vendido também buscava o lucro, muitas empresas se associaram aos produtores de filmes para que pudessem aumentar a venda de seus produtos. O estilo de vida e valores explorados no cinema ajudaram a construir o modelo de padrão social ideal e aumentar a venda dos produtos anunciados.

A cultura de Massa

A Indústria Cultural criou seu produto mais significativo, a chamada cultura de massa, que se nada mais é do que o conjunto de todas as formas artísticas e expressões culturais produzidas com o intuito de gerar lucro e estimular o consumo de produtos.

Seguindo a lógica do modelo capitalista a cultura de massa tem a intenção de padronizar e homogeneizar o gosto para que as produções possam ser consumidas pelo maior número de pessoas, todos os produtos da cultura de massa são, portanto, padronizados, para consumo imediato e devem sempre gerar lucros.A disseminação dos produtos da Indústria Cultural é feita  a partir dos meios de comunicação de massa, o cinema, o rádio, a televisão, jornais e revistas.

Características da Indústria Cultural

A Indústria cultural possui uma série de características que permitem a fácil identificação e que servem também para que se possa fazer reflexões acerca das influências que inserem no mundo social e na sociedade de consumo.

  • Criação de conceitos e características que sejam capazes de influenciar o modo de vida dos consumidores da arte;
  • Propaganda e venda de produtos através da associação entre marcas e produtores de filmes, novelas de rádio ou outras formas artísticas;
  • Conteúdo feito para consumo rápido;
  • Processo de produção que busca o lucro o grande consumo das massas;
  • Influência marxista que afirma que a economia funciona como impulsionadora da realidade social;
  • Avanços tecnológicos que garantiram a produção e disseminação rápida das obras produzidas;
  • Democratização e maior acesso aos conteúdos produzidos;
  • Retrato do sistema burguês de produção e consequente uso para dominação de outras classes.

Embora os conceitos da Industrial Cultural tenham sido pensados e definidos principalmente no início do século XX, o padrão de rapidez, dominação de classe, consumo rápido, lucro e padronização das histórias ainda é base da indústria de entretenimento do século XXI.

ATIVIDADE

1 - Explique a relação entre indústria cultural e cultura de massa. (Mínimo 08 linhas)

segunda-feira, 8 de junho de 2020

TEORIA DEMOCRÁTICA MODERNA


Em meados do século XVI, surgiu a ideia de autonomia do indivíduo, que deu origem ao individualismo e ao liberalismo político. A concepção de democracia que se desenvolveu com base nesses princípios assumiu um perfil bastante diferente daquele utilizado na Grécia antiga.
Se antes a democracia estava diretamente ligada à ideia de igualdade, em sua nova versão passou a ser relacionar primordialmente com a ideia de liberdade. Em decorrência dos ideais desenvolvidos naquele momento histórico, o principal dilema político fundamentava-se na limitação de poder do soberano (que às vezes se confundia com o próprio Estado) e na ampliação das liberdades individuais, como o direito a dispor da propriedade material e a defender-se judicialmente. Até hoje, grande parte do debate político tem como tema a defesa dos ideias liberais ou a crítica a eles.
Na perspectiva do filósofo inglês Thomas Hobbes, a constituição e o funcionamento de uma sociedade pressupõem que os indivíduos cedam, por transferência, seus direitos naturais (mantendo somente o direito de conservarem sua vida) ao soberano. O autor entendia que os seres humanos, em estado de natureza (isto é, compartilhando do direito a tudo o que existe, em razão de não haver limitação legal), tendem a agir pela força e pela violência para conseguir o que desejam, o que acabaria provocando uma guerra contínua entre todos.
Por isso, para disciplinarem a si mesmos e garantirem o bem-estar físico e material, seria necessário que os indivíduos firmassem um contrato social regulado por uma autoridade soberana. Hobbes manifestou preferência pela monarquia absolutista, pois acreditava que as assembleias e os Parlamentos estimulam os conflitos graças às disputas entre diferentes facções e partidos.
O poder absoluto defendido por Hobbes se justificava pela transferência dos direitos dos indivíduos ao soberano. É um nome desse contrato social que o poder deve ser exercido, e não para a realização da vontade pessoal do soberano. Por conta dessa perspectiva, Hobbes não pode ser considerado defensor da democracia. Entretanto, seu pensamento é importante, pois serve de parâmetro para as reflexões sobre a organização do poder construídas posteriormente.
No século XVII, John Locke, também filósofo inglês, propôs uma reflexão bem diferente das de Hobbes. Para ele, o poder soberano deve permanecer nas mãos dos cidadãos, que são os melhores juízes dos próprios interesses. Cabe ao governante retribuir a delegação de poderes ao garantir as prerrogativas individuais: segurança jurídica e propriedade privada. Assim, o contrato social teve como função garantir os direitos naturais para todos. Esse pensamento é uma das bases do liberalismo político. Entretanto, deve ser ressaltado que sua implantação não permitiu a construção da igualdade propagada por Locke, mas foi uma das estruturas de consolidação do poder da burguesia.
Para Locke, o princípio da maioria é fundamental para o funcionamento das instituições políticas democráticas, assim como as leis, que devem valer para todos. Por isso, segundo o filósofo, a elaboração das leis precisa estar a cargo de representantes escolhidos pelo povo, que exerceriam o papel de legisladores no interesse da maioria: o regime político proposto por Locke é, portanto, uma democracia representativa.
O escritor e filósofo político suíço Jean-Jacques Rousseau se preocupou com o problema da legitimidade da ordem política. Para ele, a desigualdade ocasionada pelo advento da propriedade privada é a causa de todos os sentimentos de ruins do ser humano. No contrato social, é preciso definir a questão da igualdade e do comprometimento de todos com o bem comum. Se a vontade individual é particular, a do cidadão, que vive em sociedade e tem consciência disso, deve ser coletiva e voltada para o bem comum.
     A participação política é, portanto, ato de deliberação pública que organiza a vontade geral, ou seja, traduz os elementos comuns a todas as vontades individuais. Esse seria, portanto, o núcleo do conceito de democracia. Em seu livro Do Contrato Social, Rousseau afirma que a democracia só pode existir se for diretamente exercida pelos cidadãos, sem representação política, pois a vontade geral não poderia ser representada, apenas exercida diretamente. Para Rousseau, a democracia direta é o único sistema legítimo de autoridade e de ato político. 
Em O espírito das leis, o filósofo e político Montesquieu, afirmou que igualdade na democracia é algo muito difícil de garantir plenamente. Partindo do princípio de que é necessário um controle externo para que os sistemas políticos funcionem bem, esse pensador defende a criação de regras que estabeleçam limites aos detentores do poder a fim de manter a liberdade dos indivíduos. Por isso, propôs a divisão da esfera administrativa em três poderes ou funções independentes entre si: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
De maneira resumida, cabem ao poder Legislativo as funções de fiscalizar o poder Executivo, votar leis de interesse público nas instâncias relativas (municipal, estadual e federal) e, em situações específicas, julgar autoridades como o presidente da República ou os próprios membros do Parlamento. O Executivo é o poder do Estado que, nos moldes da Constituição de um país, tem por atribuição governar a nação e administrar os interesses públicos, colocando em prática políticas públicas e leis, e garantindo o acesso aos direitos. Por fim, o poder Judiciário é exercido pelos juízes, que têm a capacidade e a prerrogativa de julgar com base nas regras constitucionais e nas leis criadas pelo poder legislativo.

A democracia, na perspectiva de Montesquieu, seria garantida pelo equilíbrio entre os três poderes, assegurando assim maior liberdade aos indivíduos. A liberdade, porém, só existiria com moderação, o que equivaleria a fazer tudo o que as leis permitissem (pois, se um cidadão pudesse fazer tudo o que as leis proibissem, não teria mais liberdade, por que todos poderiam fazer o mesmo).
Karl Marx e Friedrich Engels acreditavam que um governo democrático seria inviável numa sociedade capitalista, pois a regulação democrática da vida não poderia se realizar com as limitações impostas pelas relações capitalistas de produção. Seria necessário, portanto, mudar as bases da sociedade para criar possibilidade de uma política democrática. Para entender a posição desses autores com relação à democracia, é necessário entender como eles percebem a função do Estado na sociedade capitalista.
       Para Marx e Engels, os princípios que protegem a liberdade dos indivíduos e defendem o direito à propriedade tratam as pessoas como iguais apenas formalmente. O movimento em favor do sufrágio universal e de igualdade política é reconhecido por Marx como um passo importante, mas, segundo esse autor, seu potencial emancipador está limitado pelas desigualdades de classe. Desse modo, as democracias liberais seriam cerceadas pelo capital privado, que restringiria sistematicamente as opções políticas. De acordo com esse olhar, a liberdade nas democracias capitalistas é, portanto, puramente formal, pois a desigualdade de classe prevalece. Nas palavras de Marx: “Na democracia liberal, o capital governa”.


Atividade
01 - De acordo com o filósofo político Montesquieu, responda as questões seguintes:
A) como seria garantida a Democracia no Estado moderno?

B) Qual a função do poder legislativo, do poder executivo e do poder judiciário?



INTERAÇÃO SOCIAL



Na da vida em sociedade, um elemento central para a construção de cada sujeito é sua interação social ou o modo pelo qual se estabelece relações com outros indivíduos e grupos sociais. Por Interação social entende-se o conjunto das influências recíprocas desenvolvidas entre os indivíduos e entre esses e os grupos sociais. Todo processo de socialização ocorre em um contexto de interação social.
Para o sociólogo alemão Georg Simmel, a sociedade resulta de interações sociais estabelecidas entre os indivíduos. No entanto, para que elas formem a sociedade, seu conteúdo precisa estar representado seguindo um conjunto de parâmetros que orientam as diferentes maneiras de interação. Esses parâmetros formam a base sobre a qual as interações sociais se desenvolvem.
As formas de interação se repetem, embora seu conteúdo possa variar. Os diferentes modos de interação social, como a cooperação, a competição e o conflito, são padrões estáveis, ainda que possam manifestar seu conteúdo tanto no trabalho doméstico quanto nas atividades escolares (cooperação); nos esportes e concursos (competição); ou mesmo nas relações entre patrões e empregados ou fazendeiros e trabalhadores rurais sem-terra (conflito).
Para o sociólogo canadense Erving Goffman, a interação social é realizada segundo as posições e os papéis executados por atores e grupos sociais e ocorre nas chamadas situações sociais, em um ambiente histórica e espacialmente definido. Nesse contexto, há uma série de rituais que ordenam e orientam as relações sociais, permitindo aos indivíduos e aos grupos se identificarem e serem identificados e monitorados por formas de agir, de falar e de responder às diferentes situações sociais. Uma das tarefas da socialização é a percepção, por parte dos indivíduos e grupos, da necessidade de adotar condutas reconhecidas socialmente no processo de interação social.

Atividade:

1 - O que é Interação Social?

2 - Qual sociólogo defende que a sociedade é resultado das Interações sociais estabelecidas entre os indivíduos?

3 - De acordo com o sociólogo Erving Goffman, como se realiza o processo de interação social?

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Agentes de Socialização


Os agentes de socialização são responsáveis pela implementação efetiva dos mecanismos de socialização, como família, escola e diferentes grupos sociais. A partir do século XX também os meios de comunicação de massa podem ser incluídos nesse grupo, em muitos casos rivalizando com outros agentes, em especial a escola e a família. No século XXI, a difusão das tecnologias da informação e a expansão das redes sociais on-line ampliaram o leque de agentes de socialização.

As instituições sociais determinam as diferentes maneiras pelas quais os indivíduos são moldados no decurso de sua socialização. Por instituições sociais entende-se o conjunto relativamente estável de padrões culturais estabelecidos coletivamente e que servem como modelo para a construção da personalidade e das ações dos indivíduos. O casamento é um exemplo de instituição social, pois é a forma socialmente reconhecida de relacionamento entre indivíduos que supre as necessidades sociais (reprodução e construção de um ambiente de socialização primária) e apresenta caráter normativo (regras, como monogamia, idade mínima e proibição de casamento entre membros da família nuclear).

Atividade:

1 - O que são agentes de socialização?

2 - O que são instituições sociais?

3 - Cite um exemplo de instituição social.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

O processo de socialização


A Socialização é o processo de assimilação dos códigos e padrões culturais de um grupo social por parte de diferentes indivíduos que o constituem, contribuindo para integrá-los. Esse processo se inicia no nascimento e continua por toda vida, por meio do contato permanente de uns com os outros. Os mecanismos de socialização acontecem em dois níveis: a socialização primária e a socialização secundária.

Denominamos Socialização primária os contatos caracterizados por alto grau de afetividade, que constituem relações diretas e de forte proximidade entre os integrantes. É nessa fase que os indivíduos internalizam suas experiências e estabelecem, na maioria dos casos, relações sólidas e permanentes. Assim tornam-se parte de um contexto social. Isso ocorre principalmente na infância, e a família é o maior exemplo.

A Socialização secundária pode ser entendida como a socialização iniciada ao final da infância e que continua pelo resto da vida. Nesse momento a criança é introduzida em novas e diferentes realidades sociais, mais específicas, o que normalmente acontece nos espaços sociais fora da família nuclear, de forma mais dispersa. É o processo de socialização que ocorre nos locais de trabalho, nos grupos de amigos, nas práticas esportivas em grupo.  


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Status e papéis sociais


     Na teoria de Weber, o status refere-se às diferenças existentes entre os grupos sociais quanto a honra ou ao prestígio social conferido pelos demais. Nas sociedades tradicionais, o status era, em geral, determinado com base no conhecimento direto de uma pessoa, adquirido por múltiplas interações em diferentes contextos ao longo de um período de anos. No entanto, com o aumento da complexidade das sociedades, criou-se a impossibilidade de o status ser sempre concedido dessa forma e, em vez disso, de acordo com Weber, o status passou a ser expresso por meio dos estilos de vida das pessoas. Sinais e símbolos de status - como a moradia, o vestir, o modo de falar e a ocupação - ajudam a moldar a posição social do indivíduo aos olhos dos outros. As pessoas que compartilham do mesmo status formam uma comunidade na qual existe uma noção de identidade conjunta. A cada posição de status é atribuída uma maneira específica de agir e de se relacionar na vida social. Estamos diante do que a Sociologia denomina de papéis sociais. São os comportamentos socialmente esperados de indivíduos e grupos em determinada posição de status. Por exemplo, quando o professor entra na sala de aula, os alunos esperam que ele cumpra certa rotina, socialmente definida.

Atividade

1 - O que é Status social na perspectiva weberiana?

2 - O que são Papéis sociais?


sábado, 9 de maio de 2020

Globalização e Neoliberalismo










A globalização é, de modo geral, vista como o processo de integração e inter-relação mundial envolvendo a economia, a cultura, a informação e, claro, os fluxos de pessoas. Esse fenômeno instrumentaliza-se pela difusão e avanço dos meios de transporte e comunicação, haja vista que regiões distantes, antes tidas como isoladas umas das outras, integram-se plenamente.
O termo Globalização, apesar de ser considerado por muitos um processo gradativo que se iniciou com a expansão marítima europeia, difundiu-se no meio intelectual apenas a partir da década de 1980. Assim, a sua consolidação ocorreu na segunda metade do século XX em diante, com a difusão do neoliberalismo, a propagação de tecnologias, a integração econômica e comercial entre os países, a formação e expansão dos blocos econômicos e o fortalecimento das instituições internacionais, tais como a OTAN e a ONU. Além disso, os principais agentes da globalização são, sem dúvidas, as empresas transnacionais, também conhecidas como multinacionais ou globais.

O que é neoliberalismo: resumo

O neoliberalismo é um modelo socioeconômico criado durante a década de 1970, na Europa, e baseado no liberalismo clássico. Em outras palavras, trata-se de uma teoria econômica para orientar as políticas baseadas no capitalismo.
Os neoliberais, de uma forma geral, pregam que para uma sociedade ter progresso econômico, é preciso que o Estado não interfira na economia, o chamado “Estado Mínimo”. Eles defendem a privatização das empresas estatais, o fim das políticas sociais, o incentivo à competitividade internacional, entre outras coisas.

Karl Marx e a Luta de Classes

Karl Marx foi um importante sociólogo e filósofo alemão. Seus pensamentos e ideias acabaram influenciando diversas áreas de estudos, e, hoje, é considerado um dos maiores revolucionários e intelectuais da história. Confira 7 conceitos de Karl Marx que você deve saber para a prova do Enem:
Classes sociais:
Classe social pode ser definida como um grupo de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção, e que possuem afinidades políticas e ideológicas. Segundo Marx, a divisão da sociedade em classes é consequência dos papeis desiguais que os grupos sociais têm no processo de produção. De acordo com a teoria marxista, em todas as sociedades capitalistas existe uma classe dominante, que controla direta ou indiretamente o estado, e as classes dominadas por esta. A classe dominante seria aquela que impõe a estrutura social mais adequada para a exploração da força de trabalho. 
Luta de classes:
O conceito de luta de classes está bastante relacionado ao conceito de classes sociais. Para Marx, entre as classes de cada sociedade há uma luta constante por interesses opostos, na sociedade capitalista, a divisão social ocorreu devido a apropriação dos meios de produção para um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo explorado devido à sua capacidade e força de trabalho (proletariado).
Mais-valia:
Seguindo a lógica de Marx para definir a luta de classes, os trabalhadores são economicamente explorados e os patrões obtém o lucro através da chamada mais-valia. A mais valia significa a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. É, portanto, a base de exploração do sistema capitalista sobre o trabalhador.
Há dois tipos de mais valia:
  • Mais Valia Absoluta: nesse caso, o operário realiza o trabalho em determinado tempo que, se fosse calculado em valor monetário, resultaria na desigualdade entre o trabalho e o salário. Ou seja, o lucro surge com a intensificação do trabalho pelo aumento de horas na jornada laboral.
  • Mais Valia Relativa: nesse caso, a mais valia é aplicada através do uso da tecnologia, por exemplo, aumentar o número de máquinas numa fábrica, no entanto, sem aumentar o salário dos trabalhadores. Assim, a produção e o lucro aumentam ao mesmo tempo que os números de trabalhadores e o salário permanecem igual.
Alienação:
A alienação, para Marx, seria uma espécie de aprisionamento. Para ele, o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza. Sua vida passa a ser medida pelo o que ele possui e não pelo o que ele é. Para o sociólogo alemão, existem diferentes formas de alienação, como a religião ou o Estado. Mas a alienação principal para Marx seria a econômica.
Consciência de classe:
O conceito de consciência de classe diz respeito ao sentimento de pertencimento que um indivíduo tem pela classe social específica a que pertence. Desta forma, um indivíduo com consciência de classe irá agir de forma solidária com os restantes membros desta classe, na defesa dos interesses coletivos. A consciência de classe é determinada  pela luta de classes.
Proletariado:
Karl Marx entendia que a única riqueza que um trabalhador poderia possuir e multiplicar era sua prole (filhos). No processo das primeiras Revoluções Industriais, os trabalhadores buscavam ter muitos filhos para que eles se tornassem os novos “braços trabalhadores” para o mercado de trabalho. O termo proletariado surge para designar essa massa de trabalhadores prontos para venderem suas forças de trabalho. O proletariado é o oposto à burguesia dentro da teoria marxista, é o que possui apenas a força de trabalho como propriedade.
Força de trabalho:  
Marx diz que não é o trabalho que é explorado pela sociedade capitalista, mas sim a “força de trabalho” ou a capacidade de trabalho que um operário tem. Segundo as normas da economia capitalista, esta força de trabalho é paga pelo seu “valor”, e o salário é o que permite manter e reproduzir a força de trabalho.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Classe social para Karl Marx

O filósofo e sociólogo alemão Karl Marx foi um crítico da divisão de classes sociais. Para o pensador, a divisão social do trabalho nada mais é que a exploração do trabalhador por parte da classe burguesa. Só existem, segundo Marx, duas classes sociais: a burguesia (donos dos meios de produção) e o proletariado (trabalhadores explorados pela burguesia).
Na ótica marxista, a burguesia estaria usurpando a força de trabalho das pessoas por meio da exploração de sua miséria para conseguir fazer com que esses trabalhadores gerem lucros para o próprio burguês. Dessa maneira, não haveria (e realmente não há) mobilidade social quase nenhuma, pois as pessoas eram exploradas e não tinham condições de caminhar entre os estratos sociais e ascender socialmente, sendo exploradas pela burguesia por toda a sua vida. Toda essa dinâmica capitalista que deu origem à teoria marxista, também conhecida como materialismo histórico dialético ou socialismo científico, foi detalhadamente descrita no livro O Capital.
A exploração das classes era, para Marx, elemento suficiente para justificar uma revolta do proletariado contra a burguesia. Essa revolta, chamada de revolução do proletariado, foi defendida no livro Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e seu parceiro intelectual, o também filósofo, jornalista e escritor Friedrich Engels. Para os pensadores, após a revolução, haveria a instauração de uma ditadura do proletariado, que tomaria os meios de produção (as fábricas e a propriedade privada) e tornaria esses meios propriedade do Estado.
O Estado implantaria um sistema de governo igualitário, com igual distribuição de renda. Com o tempo, a tendência, segundo Marx e Engels, era que a burguesia sumisse a partir da repressão, até chegar ao ponto em que a burguesia e a propriedade privada não mais existiriam, extinguindo as diferenças de classes sociais, ou seja, acabando com a diferenciação de classe e, consequentemente, com as classes sociais. A partir daí, não haveria mais a necessidade de um governo repressor ditatorial com um Estado forte e controlador, e o governo tenderia para um comunismo de perfeita igualdade.
fonte: Brasil Escola

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Ação Social em Max Weber

O que é ação social?

Para entender o que é a ação social, é preciso voltar no tempo e lembrar o objetivo do surgimento da Sociologia. Como ciência humana, tratou de estudar o comportamento do indivíduo e estabelecer um elo entre as pessoas e as instituições — com ou sem fins lucrativos — para formação de ideias e grupos.
Com isso, a ação social tornou-se ferramenta importante para proporcionar melhor integração e, assim, potencializar o desenvolvimento do pensamento e do comportamento humano em virtude das necessidades apresentadas pelo outro em uma constante via de mão dupla.

Tipos de ação social

A partir do conceito fundamentalista de Max Weber, de que a função sociológica é analisar e entender o sentido das interações, foi possível delinear as ações e dividir em grupos específicos com finalidades e causas distintas.
Compreender o universo em que o indivíduo está inserido facilita o agrupamento de acordo com a justificativa que ele apresenta para um determinado tipo de comportamento.
Conheça, a seguir, os 4 tipos de ação social preconizados pela Sociologia!

1. Ação social racional com relação a fins

É pautada na racionalidade, em que a finalidade da ação justifica a intenção e os meios empregados para alcançar o objetivo. Como exemplo, podemos perceber que, em um mundo heterogêneo, a estratificação social é um problema generalizado, visto que em tantos lugares, muitas pessoas se mantêm indiferentes à desigualdade de classes.

2. Ação social racional com relação a valores

Antes de alcançar um resultado, esse tipo de ação se importa primeiro com o meio empregado para chegar à derradeira finalização. A motivação pode estar intimamente ligada às crenças, à política, à ética e às religiões.

3. Ação social afetiva

Nesse tipo de ação, os sentimentos — esperança, ciúmes, inveja, medo, paixão, vingança, compaixão — são a engrenagem motivacional, tanto positiva quanto negativamente, e correspondem ao que indivíduo agente sente pelo outro.

4. Ação social tradicional

Os ensinamentos repassados de geração em geração criam uma forte introjeção de valores baseados em hábitos, costumes e tradições familiares ou oriundos do meio em que se vive.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

FILME: DIVERGENTE


Sinopse: 
Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice (Shailene Woodley) completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade e coragem. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, diferente da família. Ao entrar para a Audácia ela torna-se Tris e entra numa jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso conhece Quatro (Theo James), rapaz experiente que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.

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